quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Internet

A primeira derrota digital dos EUA

por Redação do The Wall Street Journal
 A primeira derrota digital dos EUA

A primeira derrota digital dos EUA

Maioria dos países membros das Nações Unidas aprovam tratado que dá a governantes mais poderes de censurar a internet

A internet aberta e disponível sem a autorização de qualquer governo proporcionou uma grande liberdade de informação a pessoas ao redor do mundo. Uma liberdade, aparentemente, boa demais para durar. Em uma recente votação das Nações Unidas sobre a União Internacional das Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), em Dubai, governos autoritários venceram a primeira batalha para restringir a liberdade na internet.

Uma maioria de 89 dos 193 países membros aprovou um tratado que dá aos governantes poderes de acabar com o acesso livre à internet em seus países. Embora chocados, os diplomatas americanos não deveriam ter ficado surpresos com o resultado. Há muito, governos autoritários, liderados por Rússia e China, clamam por controle sobre a internet, cuja forma aberta e descentralizada dificulta a contenção do acesso a informações.

Durante a conferência, foi feita uma votação sobre o referendo que daria a governos novos poderes sobre a internet. O resultado foi 89 países membros a favor contra 55. A maioria a favor da restrição inclui países autoritários como China, Rússia e Irã.  Pelas regras da ITU, a medida pode entrar em vigor nesses países a partir de 2015.  Os demais países não restringirão o acesso, mas seus usuários serão prejudicados pela separação do mundo virtual em dois: aberto e fechado.

Até o momento da votação, os Estados Unidos ainda não tinham percebido a dimensão desta espécie de “guerra fria digital”.  Enquanto isso, Rússia e China faziam lobby a favor da restrição.

A votação em Dubai marca o início de uma batalha que ainda se estenderá por um longo período. Muitos países estão empenhados em restringir ou fechar totalmente o acesso à internet. Mas, assim como na guerra fria, esses países estão fadados a derrota caso os países livres resolvam lutar. A população quer liberdade e, eventualmente, a alcançará, independentemente da vontade de governos.

* Publicado originalmente no site The Wall Street Journal e retirado do site Opinião e Notícia.
(Opinião e Notícia)

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