domingo, 13 de maio de 2012

Godard

As mulheres de Godard: Uma crítica da sociedade patriarcal em filme por Amanda Maciel Antunes em 12 de mai de 2012 às 16:31 A mulher no cinema de Godard é a construção de uma crítica da política sexual que argumenta e permeia o sistema cinematográfico, e é produzido em um mundo comandado pela herança romântica pelo qual divide a mulher em duas partes: a aparência e a essência. "Eu não acho que você deve sentir um filme. Você deve sentir uma mulher, não um filme. Você não pode beijar um filme. " - Jean-Luc Godard Embora seus filmes são freqüentemente vistos como um estudo de estética e política, Godard também capturou algumas das atrizes e mulheres mais fascinantes de sua década. A mulher no cinema de Godard é a construção de uma crítica da política sexual que argumenta e permeia o sistema cinematográfico, e é produzido em um mundo comandado pela herança romântica pelo qual divide a mulher em duas partes: a aparência, que pode ser apreciada. E a essência, que só é reconhecida em risco. Ao examinar cinco filmes: 1961 - Une femme est une femme (Uma Mulher é Uma Mulher), 1966 - Masculin Féminin (Masculino Feminino), 1964 - Une Femme Meriée (Uma Mulher Casada), 1963 - Le Mépris (Desprezo) e 1959 À bout de souffle (Sem Fôlego) segue uma breve análise das mulheres que mais me fascinam e representam a dinâmica da objetivação feminina. Anna Karina - Angela Anna Karina Filme: Une femme est une femme (Uma Mulher é Uma Mulher) A musa de Godard, Anna Karina era a personificação de uma espécie de glamour despreocupado, se ela era stripper, uma prostituta, um pivô cantando, dançando em um triângulo amoroso, poeticamente triste, Karina era a alma pós-moderna a mais impetuosa dos conceitos de Godard. Angela (a personagem) quer filhos e vive pressionada entre dois homens, tentando descobrir qual deles ela deve escolher, ao mesmo tempo que descobre o que significa ser uma mulher e um homem, uma excêntrica análise dos sexos. Godard viaja nas dinâmicas de gênero e sugestões indiferentes de um triângulo amoroso. Jean Seberg - Patricia Breathless Filme: À bout de souffle (Sem Fôlego) Patricia (personagem) é uma americana em Paris, que se apaixona por um "wannabe" Jean-Paul Belmondo de Humphrey Bogart, apenas para traí-lo. Se torna inteiramente divorciada da linguagem e de estruturas de significados. Brigitte Bardot - Camille Desprezo Filme: Le Mépris (Desprezo) Camille Javal (personagem), a esposa infiel de um roteirista em conflito, Michel Piccoli, que sucumbe aos encantos de seu patrão, o produtor de cinema americano Jeremy Prokosch (Jack Palance). Bardot, já uma lenda e herdeira do legado francês equivalente ao de Marilyn Monroe, chama a atenção para seu corpo (sex appeal), demonstra que a materialidade de Camille pertence a ela, e não para o olhar masculino ou o toque. Ela controla a objetivação própria e consequentemente, tira vantagem. Macha Meril - Charlotte UNE_FEMME_MARIEE Filme: Une Femme Meriée (Uma Mulher Casada) Charlotte (personagem), uma mulher casada que luta com as circunstâncias na ausência do marido. Demonstra como as mulheres são mercantilizadas e essencializadas por causa da própria materialidade necessária para a noção de beleza. Chantal Goya - Madeleine Masculino Feminino Filme: Masculin Féminin (Masculino Feminino) A atriz interpretando Madeleine (Chantal Goya) fez sua estréia no cinema com Masculin Féminin, ao lado do ator que representou Paul (Jean-Pierre Léaud), talvez o maior ícone do movimento cinematográfico francês conhecido como Nouvelle Vague. A personagem Madeleine define-se como um membro da "Geração Pepsi", construindo uma carreira de sucesso na indústria da música pop isolando cada vez mais o personagem Paul, também jovem e desiludido com a vida civil. Ela é forte, dominadora, e consciente de seu efeito sobre os homens, especialmente Paul. Infelizmente, é apenas a sua capacidade sexual e beleza que lhe permite afirmar tal domínio sobre Paul. Se torna evidente que a representação das mulheres de Godard enfatiza o fato de que a sociedade só valoriza um aspecto da pessoa: a sexualidade. Godard simplesmente demonstra o verdadeiro estado da sociedade. Seu tipo de cinema é a antítese do cinema de Hollywood, ele usa o filme para expor a realidade não para escondê-la. Ele critica fortemente a sociedade patriarcal, o qual não permite que as mulheres sejam valorizadas por suas habilidades e talentos. E demonstra que a forma como a sociedade ignora tudo, exceto um aspecto da mulher (sua sexualidade), tem conseqüências desastrosas. amandaantunes Artigo da autoria de Amanda Maciel Antunes. . Saiba como fazer parte da obvious. Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/dossier/2012/05/as-mulheres-de-godard-uma-critica-da-sociedade-patriarcal.html#ixzz1uhiy8yiu

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