sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Faroeste
Homens maus a cavalo, donzelas em perigo, flechadas e buracos de bala: Uma breve história dos filmes Western
em cinema por celiosg em 16 de set de 2012 às 22:36
Dentre todos os gêneros e subgêneros do cinema, o Western é provavelmente o menos privilegiado desde a década de noventa. Mas sua história já foi bem mais rica em tempos idos, revelando grandes diretores e atores responsáveis por contos incríveis sobre Cowboys à margem da lei, dispostos a qualquer coisa por um punhado de dólares, prontos para matar ou morrer em duelos ao pôr do sol.
A Terra de Ninguém
O Velho Oeste, ou Oeste Selvagem, começou oficialmente quando o presidente Thomas Jefferson comprou o território de Lousiana da França, uma área que ficava à esquerda do Rio Missisipi e que, apesar de vazia, inóspita e repleta de índios, atraiu além de famílias interessadas em prosperar na nova terra, empresários, garimpeiros, bêbados, prostitutas e pistoleiros. Esse período oficialmente foi de 1803 a 1890. A primeira grande produção cinematográfica no gênero Western foi O Grande Roubo do Trem (The Great Train Robbery, 1903), dirigido pelo americano Edwin S. Porter. Obviamente, um filme mudo, mas considerado até hoje um grande clássico do gênero, com boas cenas de ação e história digna da época retratada.
O Duke do Oeste
No Tempo das Diligências (Stagecoach)-1939, mostra um grupo de nove pessoas, com personalidades e objetivos diferentes, atravessando o Arizona em uma diligência, perpassando cenas clássicas da época, como ataques de índios e duelos. Dirigido por John Ford, foi a obra que lançou John Wayne ao estrelato, ator que viria a ser consagrado como o maior ícone do gênero, atuando em mais de 35 filmes ao longo de sua carreira. Seu personagem, misturando doses de arrogância e respeito, de caráter severo mas justo, e olhar penetrante serviram de molde para a próxima geração de atores do gênero.
Os italianos também gostam de matar ou morrer
Na final da primeira metade da década de 60, as produções americanas entraram em declínio, com John Wayne assumindo menos papéis em filmes do gênero. Aproveitando o espaço, chegava a vez do ator desconhecido Clint Eastwood e do diretor Sérgio Leone levarem o Western a um novo patamar por meio de obras que ficaram conhecidas como Spaghetti Westerns, um termo pejorativo dado pelos críticos americanos. A dupla diretor-ator concebeu Por um Punhado de Dólares (A Fist Full of Dollars - 1964), no qual Eastwood interpreta um pistoleiro de caráter duvidoso que se envolve em uma disputa entre duas gangues rivais em uma pequena cidade típica do velho oeste.
O talento e esmero de Leone na direção, aliado à interpretação de Eastwood criando um pistoleiro de visual sujo, mal até os ossos, e expressão de desprezo pavimentaram o caminho de duas sequências bem mais elaboradas em todos os aspectos, formada Por um Punhado de Dólares a Mais (For a Few Dollars More – 1965) e finalmente a obra definitiva e obrigatória para os fãs não só do gênero, mas do cinema em geral: Três Homens em Conflito (The Good The Bad And The Ugly – 1966). Mas nenhum filme está completo sem uma trilha sonora marcante. O compositor italiano Ennio Morricone foi o grande parceiro responsável por criar temas que contribuíram para tornarem as produções imortais. Certamente até mesmo quem não viu o filme, reconhece o tema principal de Três Homens em Conflito, inclusive utilizada pelas bandas de rock pesado Metallica e Ramones antes do início de seus shows.
Django, de 1966, interpretado por Franco Nero, se tornou um filme bastante popular principalmente em nosso país. Django conta a clássica história de vingança, desta vez perpetrada por um pistoleiro misterioso que, arrastando um caixão cheio de armas, chega a uma cidade na qual duas facções de criminosos estão em guerra. Violência, mais um personagem cativante e trilha sonora que gruda na cabeça fizeram de Django um clássico, tendo Inclusive seu nome “roubado” e utilizado por outras produtoras em filmes sem nenhuma correlação com o original.
Outro ator italiano que se tornou bastante popular nos Spaghetti Westerns foi Giuliano Gemma. Dentre seus maiores sucessos estão Uma Pistola para Ringo (Una pistola per Ringo, 1965); O Dólar Furado (Dollaro Bucato, Un, 1965) e O Dia de Ira (I Giorni dell'ira, 1967).
Mais Pólvora, Sangue e Whisky
Sete Homens e Um Destino (Magnificent Seven, The, 1960). Um vilarejo pobre do México contrata 7 pistoleiros para enfrentar um grupo de bandoleiros que constantemente atacam e roubam a população. Além de um grande filme de ação com elenco estelar (Steve Macqueen, Yul Brynner e Charles Bronson), aborda de forma consistente o lado psicológico dos envolvidos na trama.
O Preço de Um Covarde (Bandolero!, 1968). Estrelado por James Stewart, mostra dois irmãos que conseguem escapar da forca e roubar o banco da cidade ao mesmo tempo, mas são perseguidos pelo xerife, interessado mais na refém que nos bandidos, até o território do México, repleto de bandoleiros dispostos a matar qualquer gringo.
Mais Forte que a Vingança (Jeremiah Johnson, 1972). Dirigido por Sydney Pollack, trata-se de um western diferente. Traz a história de um homem que decide viver recluso nas montanhas geladas do Colorado (Jeremiah Johnson, interpretado por Robert Redford), mas que acaba entrando em confronto com a tribo de índios Corvos. O seu diferencial reside no ritmo lento, introspectivo, aproximando o espectador das belas paisagens gélidas e dos hábitos e costumes dos indígenas. É o que chamaria de “cinema literário”.
Eastwood Cavalga Sozinho
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Depois da Trilogia dos Dólares, Eastwood atuou e dirigiu diversas produções americanas, alternando outros papéis no cinema. Destacam-se A Marca da Forca (1968), O Estranho sem Nome (1973), Josey Wales O Fora-da-lei (1976) e O Cavaleiro Solitário (1985). A partir da década de oitenta, o gênero sofreu uma queda de popularidade, que foi se acentuando cada vez mais até os dias atuais. Eastwood voltaria pela última vez ao tema que o consagrou, dirigindo e atuando em Os Imperdoáveis (Unforgiven, 1992), filme vencedor do 65º Oscar nas categorias Melhor Filme e Melhor Diretor. Contando uma história focada no drama, Eastwood interpreta um pistoleiro aposentado que volta a ativa para um último serviço, em um Velho Oeste com um ar diferente, mais realista. Trata-se de uma trama bem construída, que vai além da questão de matar ou morrer, abordando o lado humano dos personagens, mas sem deixar de lado a violência.
Tempos Modernos
Nos anos seguintes, pouco há para ser citado de relevante, mas se destacam o ótimo Tombstone – A Justiça está chegando (Tombstone, 1993), baseado na história real do xerife Wyatt Earp, interpretado por Kurt Russel; Rápida e Mortal (The Quick and the Dead, 1995) dirigido por Sam Raimi e estrelado por Sharon Stone e Russel Crowe, com muita ação em duelos até a morte; À Procura da Vingança (Seraphim Falls, 2006), com Liam Neeson e Pierce Brosnan em uma instigante perseguição mortal pela Terra de Ninguém; e finalmente o remake de Bravura Indômita (True Grit, 2010), no qual Jeff Bridges substitui John Wayne no papel principal.
Mas afinal, o que há de tão fascinante neste universo? Provavelmente o fato de possibilitar uma espécie de volta à idade das trevas, apresentando uma sociedade no início de sua estruturação nos termos mais básicos, onde os homens dependiam de suas próprias habilidades no gatilho e nas cartas, e a “lei” era mais bem aplicada pelas próprias mãos. Histórias de sobrevivência, de injustiças, mostrando que mesmo em um mundo de leões, um homem poderia fazer a diferença. O Western pode não estar em evidência, ou mesmo nunca mais voltar a tomar tanto a atenção do grande público, mas suas obras na sétima arte sempre irão ter espaço especial nas estantes dos fãs.
celiosg
Artigo da autoria de celiosg.
Designer por formação, Técnico em Informática por necessidade, Empresário por imposição e enfim estudante de Jornalismo, mas a história continua....
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Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/distracao_planejada/2012/09/breve-historia-filmes-westen.html#ixzz26lz4Ia8g
Igreja
''Eu era o infiltrado dos protestantes no Concílio''
Hoje, aos 76 anos, o teólogo Paolo Ricca é considerado uma das vozes mais influentes do mundo protestante italiano. Mas, em 1962, quando o Papa João XXIII convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II, ele era um jovem pastor valdense recém-consagrado e enviado para cuidar das almas da pequena igreja de Forano Sabino (Rieti).
A reportagem é de Vera Schiavazzi, publicada no caderno Il Venerdì, do jornal La Repubblica, 14-09-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Sobre os católicos", confidencia, sorrindo, "eu sabia pouco ou nada: eu havia nascido em Torre Pellice, sempre havia estudado em um ambiente protestante. E talvez eu também tivesse alguns preconceitos demais, considerando-os como um corpo monolítico e sempre igual a si mesmo". Ao anúncio do Concílio, a Aliança Reformada Mundial (uma das maiores associações em que se subdividiu o protestantismo) chamou, alarmada, os seus afiliados: "É preciso que algum de nós esteja lá, que nos atualize pontualmente sobre o que será discutido". Dito e feito.
Giorgio Peyrot, jurista valdense que morreu em 2006, arrolou o jovem pastor que, embora sem experiência, lhe parecia promissor. Credenciado como jornalista, Ricca começou a passar os seus dias no Vaticano: "No início, a sala de imprensa era blindada, não era divulgada nenhum notícia. Aparentemente, era como se não acontecesse nada no Concílio, enquanto nós sabíamos muito bem que estava em ação um choque muito duro entre progressistas e conservadores. A minha tarefa previa que eu escrevesse um boletim que era enviado a milhares de Igrejas reformadas no mundo: a Aliança reúne 80 milhões de fiéis. Eu tinha que produzir ao menos um a 15 dias. Além disso, eu não era o único a estar em dificuldades: clamoroso foi o caso do bispo de Chicago que, depois de poucos dias do início dos trabalhos, voltou para a sua cidade argumentando que não era capaz de acompanhar uma discussão inteiramente em latim. Eu, vivendo à margem do Concílio, aprendi que existia um catolicismo vivido, real, muito mais complexo do que o que eu havia estudado nos livros", diz Ricca.
"Além disso, eu não tinha que dar notícias no sentido estrito, porque o que eu vazava já era publicado nos outros meios de comunicação. Ao contrário, eu devia comentar os fatos de um ponto de vista teológico protestante". Pouco a pouco, das paredes de São Pedro, começou a vazar o perfil dos dois exércitos que se enfrentavam.
"Entre os conservadores havia, sobretudo, a Cúria Romana, com exceção de João XXIII, que, nas suas experiências anteriores como núncio apostólico, havia se dado conta da presença de energias novas e vitais que não conseguiam emergir. O cardeal Ottaviani era a sua bandeira. No fronte oposto, ao invés, estavam enfileirados muitos sul-americanos e europeus como o cardeal belga Léon-Joseph Suenens, o homem que fez com que o Concílio aceitasse a ideia de um diaconato permanente aberto também aos homens casados. Ratzinger também, naquela época, podia ser considerado um progressista-moderado. Norte-americanos e africanos, ao invés, eram os de mais perfil baixo".
Felizmente para Ricca também haviam sido chamados como auditores expoentes do mundo protestante, como o luterano Oscar Cullmann, amigo de Paulo VI. Convidado pessoal do papa, depois da morte de João XXIII, na retomada do Concílio, Cullmann estava cheio de informações confidenciais que alimentavam a pena de Ricca e de muitos outros jornalistas, como Henri Fresquet, do Le Monde: "Para saber o que realmente acontecia, muitos padres conciliares arrancavam o jornal francês uns das mãos dos outros".
Depois do Concílio, para o jovem pastor valdense, nada foi como antes. "O catolicismo saiu mais aberto, mais ecumênico no sentido mais amplo do termo, e tudo isso não podia deixar de agradar um protestante: até esse momento, o diálogo com as outras confissões não interessava aos católicos, que encontravam no papa toda resposta às exigências de unidade dos crentes. O Concílio, no entanto, não tornou a Igreja menos romana, nem o papa menos central, e a colegialidade afirmava nesse âmbito foi de fato esvaziada de sentido pelo próprio Paulo VI".
Às suas recordações conciliares, Ricca acrescenta uma sobre Carlo Maria Martini: "Foram homens como ele que me confirmaram o que eu havia entendido no Concílio. Em 1979, quando se tornou arcebispo de Milão, ele escreveu uma belíssima carta pastoral sobre a Palavra de Deus. Nós o convidamos ao templo valdense e, no fim do encontro, eu lhe pedi para que ele parasse para um café. 'Não posso', respondeu, 'porque amanhã de manhã quero participar incógnito da missa de uma pequena paróquia. Eu quero ver a igreja real, não a fictício de uma visita oficial'. Eu pensei que os nossos pastores deviam ter o mesmo zelo".
(I. H. U.)
Conto
UM CONTO CHINÊS
em Sinopses Filmes por Renata Jamus em 29 de fev de 2012 às 22:53
Se você está depressivo, dê abrigo para um Chinês. Vai passar!
O cinema feito na Argentina produz de tudo. Filmes de arte, independentes, comerciais, comédias, aventura, fantasias, românticos etc. Quase todos, quase sempre, mostrando a cidade de Buenos Aires, ou lugares importantes da história do país. Nenhum deles deixa de exaltar o que há de bom no traço bem peculiar do povo, tampouco de falar sobre mazelas e coisas que não dão certo pelas bandas de lá.
Sebastian Borensztein é o diretor desta comédia dramática que conta a história de como o acaso na verdade nunca é acaso. Roberto, abrimos aspas para falar do “sensacional Ricardo Darín”, é um adulto metódico, solitário, turrão, ranzinza, porém deliciosamente doce quando o calo dos outros aperta, além de ter um humor negro de primeira. A mãe morreu quando jovem (e Roberto estranhamente cultua sua progenitora num altar, onde coloca um presente sempre que ela “faz aniversário”) e o pai pouco tempo depois. Roberto é o tipo de pessoa que conta quantos pregos existem na caixa, para saber se a informação é fidedigna, ou que dorme todo dia no mesmo horário (23:00h). Pois bem, ele acredita piamente que o acaso é que comanda a vida das pessoas. Por conta disso, coleciona histórias impossíveis de acreditar – compra jornais de várias localidades para achar relatos fantasiosos, porém reais, sobre a vida de gente que não conhece.
Um belo dia, quando está sentado perto de uma pista do aeroporto de Buenos Aires, um chinês é jogado de um táxi e cai diante dos olhos de Roberto. O rapaz, de nome Jun, não sabe falar uma única palavra em castelhano, além de não entender nada. O jovem chinês saiu do seu país depois que uma tragédia inacreditável se abateu sobre sua vida: no momento em que ia pedir a mão de sua noiva uma vaca caiu do céu exatamente em cima da sua amada. Sem motivos para permanecer em sua cidade ele vem tentar vida nova em outro país, e, para isso, precisa encontrar seu tio. O périplo que une o ranzina Roberto e o doce Jun é o que comanda a história. E é nessa busca que o acaso deixa de ser acaso e acaba transformando a vida de ambos.
Um bom número de cenas interessantes aparece no filme. A sequência inicial, da vaca caindo do céu é excelente. Em outro momento, dentro de uma delegacia, Roberto dá uma lição de moral em um dos policiais – “duro é ter que ver uma servidor público me tratando desta maneira”. Lá pelas tantas, em plena embaixada da China, ele vocifera: “bilhões e bilhões de chineses no Mundo e não existe um para me atender?”. Ainda há uma das sequências mais legais, em que Roberto apresenta o doce de leite argentino para Jun. Ele diz: “prove, se chama doce de leite, vocês se esqueceram de inventar isso, então, nós argentinos, inventamos. É o melhor do Mundo”. Pode ser mais argentino? Uma bossa super interessante é que o diretor preferiu não traduzir nenhuma fala em chinês. Nós ficamos tão perdidos quanto Roberto. Quando ele precisa entender algo (e nós também), surge alguém que fala a língua e nos esclarece tudo.
Se o famoso Juan Jose Campanella (do famoso e antológico O Segredo dos Seus Olhos) é O Diretor do cinema argentino moderno, Ricardo Darín é O Rosto. Está perfeito! Ignacio Huang é Jun e empresta para ele toda a capacidade de interpretar sem falar. Ainda mais porque Jun é um sujeito contido, introspectivo. Interpretar alguém que quase não fala durante o filme, que é tímido (portanto, de poucos gestos) e ainda assim nos emocionar é sinal de muito talento. Nascido em Taiwan, o ator desenvolveu toda a carreira artística na Argentina.
Um Conto Chinês é um daqueles filmes que nos abraça, e nos leva para um lugar só dele. Depois somos devolvidos com um sorriso no rosto!
renatajamus
Artigo da autoria de Renata Jamus.
Se quiser falar diretamente comigo me procure no rejamus@gmail.com..
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terça-feira, 27 de novembro de 2012
Imperialismo
Ricardo Abreu: 14° Encontro reforça a luta contra o imperialismo
"Os comunistas estão unidos contra o imperialismo e pela paz", esse foi o tom dado por Ricardo Alemão Abreu, secretário Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil, ao falar sobre a participação do Partido no 14º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, que será realizado em novembro em Beirute, Líbano.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Em participação no programa Destaques do Vermelho, o dirigente falou sobre a importância da realização do evento que terá como tema central o "combate contra a escalada agressiva do imperialismo, pelos direitos dos povos, por conquistas nos planos político, econômico e social, assim como a luta pelo socialismo como alternativa de fundo para a profunda crise sistêmica e estrutural do capitalismo".
Partidos Comunistas preparam 14º Encontro Internacional
Alemão também falou sobre a importância do internacionalismo proletário na atualidade e objetivo do encontro. "O eventos será uma oportunidade para o intercâmbio de experiências. O PCdoB leva para esse encontro uma análise da realidade brasileira, um raio-X do governo Dilma, uma análise sobre a conjuntura na América Latina e no Caribe, a nossa posição frente a questões como a investida imperialista no Oriente Médio e a luta pelo socialismo na atualidade”, externou o secretário.
Segundo ele, o 14.º Encontro se converte em uma oportunidade ímpar para discutir a situação que os povos do mundo enfrentam diante desta poderosa e multifacetada ofensiva do imperialismo. "Será um momento para se debruçar sobre a profunda crise do capitalismo e as contradições do sistema. Um momento também para refletir sobre o fortalecimento das lutas dos povos contra o imperialismo".
Ele lembra que o encontro dos partidos comunistas e operários é o mais importante evento do movimento comunista internacional e é realizado a cada ano desde 1998. "É a oportunidade que os partidos têm para promover a convergência de opiniões e propostas de ação num quadro político e econômico em que se torna cada vez mais indispensável sua intervenção política e social para defender os interesses dos trabalhadores".
Causa Palestina
Sobre aos ataques à palestina, Alemão destacou que “a investida israelense é criminosa e empreende uma verdadeira carnificina sobre o povo palestino”. Segundo ele, “o povo palestino luta para ter seu Estado, uma Estado independente e soberano, luta contra um Estado que possui uma política terrorista”.
Ricardo Abreu reafirmou a solidariedade do PCdoB ao povo palestino. “Somos contra a política sionista, somos contra a política terrorista de Estado. Defendemos a paz e a convivência harmoniosa entre Palestina e Israel. Defendemos o direito da Palestina e somos contra todos que se opõem a esse direito. Defendemos as resoluções aprovadas na ONU [Organização das Nações Unidas] e que estão sendo rasgadas pelo Estado de Israel, com o apoio dos Estados Unidos da América”, enfatizou.
Agressão à Síria
Sobre a agressão à Síria, o dirigente explicou que cada vez fica mais claro se tratar de uma agressão de potências estrangeiras. Ele reconhece que o governo sírio possui suas contradições, mas destaca que o atual governo propõe união nacional e a paz, além de diversas mudanças.
“O imperialismo estadunidense não aceita o novo desenho do Oriente Médio. Mas o povo sírio entende seu papel, inclusive a oposição ao atual governo sírio entendeu a luta e declarou apoio do atual governo contra as investidas imperialistas. O povo sírio está unido hoje, em sua enorme maioria, contra o imperialismo e pela soberania de sua nação. Àquele povo entende que pra se avançar em reformas sociais e democrática é preciso ter uma país inteiro, soberano e em paz”, explicou Alemão
(vermelho.org)
Classe Média
Nova classe média é um sucesso, Lula e Dilma os artifíces
A passagem da faixa presidencial significou muito mais que uma simples transição de governo, mas um aprofundamento das políticas econômica e social que elevaram o país à 6ª maior economia do planeta e retiraram da pobreza dezenas de milhões
A coluna Isto É Dinheiro, de Guilherme Barros no portal Terra, publicou esta semana dado importante: classe média brasileira é 54% mais rica que a população mundial!
Esta informação confirma o estupendo sucesso do modelo brasileiro de desenvolvimento econômico com inclusão social.
Mais ainda: reafirma a relevância da agenda social implementada no governo Lula, que "especialistas da área", figurões da mídia, tentam desconstruir.
Isto ajuda a explicar o sucesso de Lula e seu reconhecimento, nacional e internacional. O programa Bolsa Família, por exemplo, já foi premiado diversas vezes por organismos internacionais!
Enquanto aqui, alguns jornalões insistem, sistematicamente, em desqualificá-lo como política que possibilitou a mobilidade de dezenas de milhões da pobreza para a classe média.
Lula criou as condições para tornar possível esta ascensão social recorde, conforme é possível entender em uma afirmação de Renato Meirelles, diretor do instituto Data Popular: “O sucesso da classe C tem que ser creditado também à prosperidade econômica do País, já que ela só existe como é devido ao alto índice de empregos formais e ao ganho real no salário mínimo”[grifo nosso]. Inegáveis conquistas do povo brasileiro durante a era Lula.
Dilma tem pela frente o desafio de manter o país neste rumo e o desafio agora, entre tantos, é o de construir o cenário que atenda tamanho crescimento e equilibre demanda com oferta, ou seja, aumentando a capacidade de produção, reduzindo o custo Brasil e incrementando os investimentos em infraestrutura:
“A demanda está muito maior que a oferta. A entrada maciça desse exército no mercado consumidor passa a exigir um conjunto de investimentos em infraestrutura e serviços. Já passou da hora de parar de pensar a classe C somente em termos de política social. Temos que pensá-la em termos de política econômica”.
Esta agenda, Dilma já vem realizando [clique aqui, aqui, aqui e aqui também para conferir], é possível perceber que estas ações não são descasadas. Não ocorrem por improviso de necessidades pontuais, como esbravejam seus opositores. Muito pelo contrário, fazem parte de um conjunto de iniciativas do Estado para tornar o país ainda mais forte econômica e socialmente, a salvo das turbulências internacionais, como as que assolam países desenvolvidos como a Grécia, Itália, Portugal, Irlanda e Espanha, em que cerca de 25% da população economicamente ativa está desempregada.
O palco das grandes discussões internacionais, dez anos depois, é outro, O Brasil é visto como referência para o enfrentamento de graves crises econômicas e sociais. O rei da Espanha, Juan Carlos, durante a 22ª Cúpula Iberoamericana, pediu socorro aos países latino americanos e reconheceu o fracasso do modelo espanhol e afirmou: "Brasil é a potência do presente"
A presidenta Dilma não se curvou ao apelo fácil deste momento e, mais uma vez, reforçou o vitorioso modelo brasileiro de crescimento e põe o dedo na ferida dos entreguistas e fracassados:
"Nós já vivemos isso. O Fundo Monetário Internacional (FMI) impôs um processo que chamaram de ajuste, agora dizem austeridade. Tínhamos de cortar todos os gastos. Asseguravam que assim chegaríamos a um alto grau de eficiência. Esse modelo levou a uma quebra de quase toda a América Latina nos anos 80. (...)As políticas de ajuste por si só não resolvem nada se não há investimento, estímulos ao crescimento. E se todo o mundo restringe gastos de uma vez, o investimento não chegará."
Confira abaixo a matéria da Isto É Dinheiro na íntegra:
Classe média brasileira é 54% mais rica que a população mundial, afirma Data Popular
“Esqueça a tal da orkutização. Tá tudo dominado pela classe C: redes sociais, bancos, universidades, empregos formais e todo resto”, afirma o diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, com base na pesquisa inédita que será divulgada nesta segunda-feira 12, em São Paulo, durante o 1º Fórum Novo Brasil: Vozes da Classe Média Brasileira.
“Orkutizar” é um termo pejorativo que ganhou espaço na internet que significa tornar algo – antes restrito as “elites”- em popular, com foco nas consequências negativas. O termo tem uma relação direta com a ascensão da nova classe C. Alguns usuários de redes sociais reclamam que o acesso da nova classe média às ferramentas faz com que o serviço perca parte da sua graça.
Bobagem, afinal quem pode brigar com os números. E que números, em se tratando desse gigantesco extrato social. Só para ter uma ideia do poder desse grupo, se a classe C brasileira fosse um país, ele seria 12º mais populoso, e 18º mais rico do mundo. “Nossa classe média é 54% mais rica que a população mundial, sendo que só 18% da população mundial é mais rica que a nossa classe média brasileira”, afirma Meirelles, que completa: “Não há mais fosso que separe a classe C da classe A no que diz respeito a consumo”, explica Meirelles. A classe C vai gastar mais de R$ 1 trilhão em 2012.
E não é só essa nova classe média que faz barulho no mercado não. A população que vive nas favelas brasileiras vai gastar R$ 39 bilhões até o fim deste ano. Se elas fossem um estado da federação, juntas, as comunidades seriam o 5º maior estado do Brasil. Durante o fórum que acontece na próxima semana, haverá um painel liderado pela Central Única de Favelas (Cufa) que vai discutir o papel das comunidades dentro dessa nova classe média.
O país não mudou da noite para o dia. A modificação da pirâmide social resulta de múltiplos fatores, da estabilização de preços às mudanças demográficas, da educação ao mercado de trabalho. “O sucesso da classe C tem que ser creditado também à prosperidade econômica do País, já que ela só existe como é devido ao alto índice de empregos formais e ao ganho real no salário mínimo”, diz Meirelles.
A ascensão social ocorrida no Brasil nos últimos anos igualou as classes no consumo e no acesso de serviços, mas gerou gargalos estruturais contundentes. Segundo Meirelles, a telefonia e os aeroportos são exemplos claros que o governo e a iniciativa privada pecaram em não considerar o consumo da classe C como fundamental na tomada de decisão em investimentos.
“A demanda está muito maior que a oferta. A entrada maciça desse exército no mercado consumidor passa a exigir um conjunto de investimentos em infraestrutura e serviços. Já passou da hora de parar de pensar a classe C somente em termos de política social. Temos que pensá-la em termos de política econômica”, afirma Meirelles.
Entenda o poder da classe C no Brasil
Internet versus Redes Sociais:
Hoje, o Brasil possui 75 milhões de internautas e desses 48% são da classe média.
E, nos últimos 15 dias:
54% dos usuários da classe média com acesso às redes sociais postaram fotos;
49% marcaram encontro pelas redes sociais
31% criticaram alguma empresa nas redes sociais
Perfil das redes sociais
56% dos usuários do Facebook são da classe média
55% dos usuários do Twitter são da classe média
Intenção de compra da classe média para os próximos 12 meses
52% querem comprar um Tablet
61% pretendem comprar um Notebook
52% planejam comprar um desktop
Flávia Gianini / Guilherme Barros Isto é Dinheiro
Ondas cerebrais
A música das ondas cerebrais
Cientistas chineses transformam actividade dos neurónios em pauta musical
2012-11-19
“Estas experiências vão permitir descodificar parte da verdade oculta do cérebro” [clique para ampliar]
Investigadores da Universidade de Ciências e Tecnologias Electrónicas da China (Chengdu) 'compuseram' música a partir da observação da actividade neurológica. Os impulsos eléctricos desencadeados pelos neurónios podem ser vistos como ondas que se movem no interior do cérebro e que podem ser registadas e transformadas numa pauta musical.
Os cientistas acreditam que estudos deste tipo podem ajudar pessoas que sofram de stress e ansiedade a recuperar a tranquilidade. As conclusões da investigação estão publicadas na «PLoS ONE».
Para converter as ondas em música, os cientistas utilizaram imagens de eletroencefalograma e de ressonâncias magnéticas de uma mulher de 31 anos e de uma rapariga de 14. Com os primeiros, criaram os tons e a duração das notas. As ressonâncias magnéticas serviram para controlar a intensidade.
O estudo reflecte dois tipos de ondas cerebrais (EEG e fMRI) para que tom e intensidade se registem separadamente. O resultado é algo que se parece aproximar de alguma música erudita contemporânea.
“Estas experiências vão permitir descodificar parte da verdade oculta do cérebro”, afirmam os neurocientistas Jing Lu e Yao Dezhong, autores do estudo. Podem, acrescentam, “abrir portas ao entendimento completo do cérebro e conseguir que pessoas com ansiedade possam chegar a estados mentais de relaxamento muito mais saudáveis”.
Artigo: Scale-Free Brain-Wave Music from Simultaneously EEG and fMRI Recordings
(Ciencia Hoje)
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Padres da ditadura
Padres da ditadura
15/11/2012 | Argentina,Ditadura,Memória,Nossa América
José Eloy Mijalchyk
Por Julio Rudman.
A Fortunato Mallimaci.
A sus dieciocho años, con las hormonas en ebullición y el acné como marca identitaria de la adolescencia, ya integraba la versión tucumana de la Triple A (Alianza Anticomunista Argentina). Irrumpía en las asambleas estudiantiles haciendo ostentación de armas de fuego, insultaba y pegaba a mansalva y, siempre en patota, huía hasta la próxima acción. Era como un ensayo para lo que vendría. Juan Carlos fue partícipe del terrorismo de Estado que reinó en nuestra matria desde 1976 hasta el 83.
El apellido de Juan Carlos es premonitorio: Benedicto. Sí, como el nombre artístico de Joseph Ratzinger (¿habrá elegido ese nombre en homenaje a su cordero tucumano?), también integrante juvenil de las hordas nazis alemanas y hoy jefe supremo de la secta religiosa más popular de Occidente. A ninguno de los dos se le borraron las huellas de aquellos días.
Al tucumano comenzaron a juzgarlo el lunes pasado, junto a 40 miembros de las fuerzas represivas y un sacerdote, de quien prometo ocuparme enseguida.
Juan Carlos Benedicto, el de acá, es escribano. Es decir, después de cada actuación notarial da fe. En diciembre de 2011, con la Megacausa que unifica las llamadas “Arenales II” y “Jefatura II” en plena instrucción, adujo un intento de suicidio, se internó en una clínica psiquiátrica y se fugó. Seis meses más tarde, en junio de este año, reencarnó en Encarnación (Paraguay) y lo trajeron de las pestañas para que se someta a derecho.
Desde hace unos días dice que padece una afección vesicular y fue operado en el Hospital “Centro de Salud”, sanatorio en el que, por pura casualidad, Susana Gundlach, su esposa, es Jefa de Farmacia. Estos cobardes siempre se enferman de repente cada vez que tienen que enfrentar a la justicia. Como pasó con Antonio Bussi, con Luis Patti o Augusto Pinochet, en Chile. El titular del tribunal ordenó a la señora que no tenga ningún contacto con su marido, supongo que por razones de profilaxis judicial.
Lo llamativo es que Benedicto tiene a su nombre el Registro Notarial N° 25 (uno de los principales y con un nutrido grupo de notables entre sus clientes) y la sociedad local convive naturalmente con un presunto partícipe necesario de delitos de lesa humanidad, como torturas, vejámenes, abusos sexuales y otras demostraciones de ternura. Ya alguna vez premiaron a Bussi con el voto popular y lo ungieron gobernador de la provincia.
El caso de José Eloy Mijalchyk es elocuente. Sacerdote de la parroquia San José Obrero, de El Colmenar, en las afueras de la Capital provincial, está acusado de participar de las sesiones de torturas para aligerar las almas de los torturadores y no de los torturados. Ya estuvo detenido por orden del tribunal y le fue fijada una fianza de $ 150.000 para otorgarle la libertad. Consiguió la guita. Puso una camioneta de su propiedad valuada en 35 lucas y el resto cash, fue un gesto de complicidad del Arzobispado de Tucumán.
En marzo de 2006, Benedicto, el del Vaticano, le otorgó el título de “Prelado de Honor de Su Santidad”.
Hace pocos días se conoció una declaración de la cúpula de la Iglesia Católica Argentina en la que dudaban de su complicidad con la dictadura genocida. Que iban a investigar, dijeron.
Todos dan fe. Y repugnancia.
Foto: Página 12
(Desacato)
Victor Hugo.
150 anos de canção pela liberdade - VICTOR HUGO
em CINEMA por Paola Domingues em 13 de nov de 2012 às 17:44
Uma das histórias mais famosas em todo mundo, “Os Miseráveis” do escritor francês Victor Hugo já ganhou cor e forma em mais de cem anos de produções cinematográficas e televisão. Agora em dezembro de 2012, com a direção de Tom Hopper, o lançamento que promete arrancar lágrimas de seus expectadores.
Em 1862, há exatos um século e meio, é lançado mais uma obra do grande escritor, poeta, dramaturgo, artista e estadista francês Victor Hugo. Um romance libertário, que contempla todas as facetas do verdadeiro amor, tendo como importantes papeis, o piedoso Jean Vanjean, a lutadora Fantine, a doce Cosette, o esperto Gavroche, o implacável Javert e o tão mensurável Marius.
Por mais de uma vez me peguei debulhando em lágrimas com o enredo deste romance e, por outras, a me matar de tédio. A prolixidade de Victor Hugo é algo que não se passa batido por se tratar de muitas vezes concluir-se em mais de dez páginas de descrição. Porém, a história tem movimento! Seus dois volumes acompanham uma marcha lírica, um réquiem... Podem-se ouvir os instrumentos surdos e cordas, uma verdadeira orquestra!
Realmente não é abuso “florear” tanto um artigo quando se falar de “Os Miseráveis”, a história não poderia ter outra denominação do que fascinante, e, com muito entusiasmo, aguardo o lançamento de estreia do filme “Os Miseráveis” por sem dúvida contar com um elenco de peso como os artistas Russel Crowe, Hugh Jackman e Anne Hathaway. O filme já é uma readaptação do musical da Broadway e por isso, acredita-se contar com muito mais emoção dos que os muitos antes lançados.
Sinta o "gostinho" dessa super produção para aguçar os sentidos:
Como leitora e amante da obra, tenho uma visão ainda muito esperançosa apesar de cética, já que o último longa produzido em 1998 deixou a mim, muito a desejar. Nesta produção, o filme com participação de Uma Thurman focou mais na primeira fase do livro, na história do forçado Jean Valjean e a pobre Fantine, como se o segundo volume do livro, onde Cosette está crescida e apaixonada, fosse produzida para cumprir os altos. Sem contar que houveram alterações que fugiram totalmente dos desfechos do livro.
O filme tem estreia no dia 07 de dezembro nos Estados Unidos e aqui em terras tupiniquins, somente em março de 2013. Até agora tem rendido boas criticas e várias cotações às premiações ao Oscar. Mais de 49% dos participantes da pesquisa apostam num “festival de premiações ao filme de Hopper”, segundo matéria publicada no G1.
O que nos resta agora é esperar!!!!
paoladomingues
Artigo da autoria de Paola Domingues.
Tenho 24 anos de idade, mas 40 anos de coração..
Saiba como fazer parte da obvious.
Velhice
o nome de uma história comprida que não se explica em poucas palavras
Vamos envelhecer juntos?
em a melhor coisa do mundo por m aresta em 30 de jul de 2012 às 15:46 |
Porque os dias que vivemos não são mais do que o caminho que traçamos juntos.
Vamos envelhecer juntos?
Quero experimentar, contigo, todas as coisas boas e más que a vida tem. Saborear o mel e o fel, rir e chorar quando tiver(mos)vontade, cansar e descansar quando sentirmos que é preciso.
Vamos envelhecer juntos?
Quero fazer, contigo, uma vida que já não é a minha e também não é a tua. Quero usar "nosso", "nossa", quero que "sejamos". Quero reservar lugar "para dois". Quero criar um novo espaço, onde eu e tu sejamos nós.
Quero envelhecer contigo.
Para trocarmos, um com o outro, as declarações inflamadas dos 16 anos; e os amores certos dos 20; e as dúvidas e as crises dos 30. E a serenidade dos 50.
Quero ser, contigo, a avó dos nossos netos. Junto a ti, um rosto cheio de rugas.
E ver, nos teus olhos ainda que turvos, as memórias que guardarei no fundo dos meus.
Vamos envelhecer juntos. Um dia, três dias, cinco, um cento.
Duas pessoas que são uma e que se repetem, num futuro, nos passos pequenos dos que virão depois.
Quero envelhecer contigo. Queres envelhecer comigo?
monicaaresta
Artigo da autoria de m aresta.
escrever simplesmente pelo prazer de juntar as palavras.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Etilismo
A culpa é do copo
Publicado 5 de set de 2012
Escrito por massacritica
Discussão Comente!
Categorias Biologia
Agora os enochatos terão razão quando dizem que a forma da taça afeta a experiência de apreciação de uma boa bebida! E a turma da ressaca pode achar mais um culpado em suas lamentações.
Artigo recentemente publicado no Plos One revela que o formato do copo pode afetar a velocidade do consumo de bebidas alcoólicas.
Pesquisadores da Universidade de Bristol acompanharam 160 voluntários (para beber sempre acham voluntários!) em sua percepção e comportamento no consumo de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas.
O principal resultado foi que os voluntários consumiam a bebida alcoólica em uma velocidade 60% menor quando usando um copo normal (reto) se comparado ao copo com vidro curvo (B, na imagem acima). Tal efeito só foi observado quando oferecido um copo cheio e não em um pela metade, também não se observou o comportamento para o consumo de uma bebida não-alcoólica. Os voluntários também cometeram mais erros ao avaliar onde exatamente era a metade do volume de bebida em um copo curvo, quando comparado ao copo normal.
Agora bora repetir os experimentos…
Artigo completo em
Glass Shape Influences Consumption Rate for Alcoholic Beverages
(Humor na Ciência)
Cafuné
Cafuné
em Literatura por Jéssica Parizotto em 06 de nov de 2012 às 11:32
Ela levantava os cabelos longos e suados da brincadeira. Segurava com as duas mãos um bolo de fios no alto da cabeça e desfazia todo o penteado que a sua mãe havia lhe feito antes da festa. Fazendo isso, deixava à mostra a penugem que envolve o pescoço e me lembrava em tudo a criança que também fui um dia.
A festa já devia ter terminado - os músicos haviam se despedido, os salgadinhos gelavam esquecidos em pratos de plástico sobre as mesas vazias e somente alguns homens repetiam as histórias engraçadas do trabalho incessante de ser macho. Nós esperávamos do lado de fora, por que a noite era quente e a temporada de pernilongos ainda não estava inaugurada.
Já havíamos feito todo o possível para desvelar o novelo do tempo ocioso, mas os aviões cessaram, deixando o céu menos interessante, e até a mesa de sinuca havia encerrado suas possibilidades de entretenimento. Não restava nada além de esperar que Otávio finalmente voltasse para buscar Vera e as meninas e as levasse dali, para que assim, finalmente, a nossa noite pudesse seguir o curso normal que desembocaria em alguma boate onde poderíamos dançar para esquecer o tédio.
Henrique estava embriagado, mas isso não o impedia de continuar na penúltima cerveja morna enquanto eu tentava prestar atenção na conversa das crianças que era a única que me interessava ali. Foi então que ela chegou e pediu que eu fizesse novamente o penteado que inventei no nosso último encontro. Expliquei a ela a impossibilidade:
___ Não temos um elástico de cabelo, Mari.
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Anna Riwkin-Brick Macmillan, 1966
Ela... Essa a quem tenho chamado por um único pronome feminino, pode se chamar Mariana. É filha de um colega de trabalho de Henrique, deve ter completado seis anos há alguns meses, não posso afirmar com convicção por que faltei à festa.
Não sou dada ao convívio infantil. Confesso que Mariana nunca foi minha criança preferida, penso que é até um pouco mal-educada. Contudo, nessa noite entediante, ela se tornou uma brisa leve em meio ao mormaço tedioso da situação, muito embora eu deva revelar que não percebi isso naquele momento. Mas, não me culpo, essas sutilezas nos passam despercebidas em noventa por cento das chances que tem de acontecer.
Mariana chegou até mim por puro ciúme. Sua irmã adormecera no meu colo e como a sono é o pai da discórdia, a menina resolveu que era tempo de dar boa noite a todos e fazer com que Luíza cedesse o desconforto do meu regaço a ela, sua irmã mais nova e sonolenta. Sem muita queixa, Luíza cedeu o lugar à Mariana que com ar de satisfeita me olhou nos olhos e disse:
____ Faz aquele cafuné que você me fez outro dia?
Por um breve instante, meu cérebro tentou vasculhar as lembranças atrás do tal dia sem nada encontrar, porém a resposta encefálica foi a da brevidade. Um cálculo rápido entre o tempo que eu levaria para discordar do pedido e informá-la do erro, comparado aos poucos minutos em que ela estaria adormecida entre os meus braços, me provou que a omissão não é um pecado tão grave.
Aceitei o pedido. Mariana se sentou no meu colo e acredito que percebendo o próprio erro, fez questão de deixar claro:
____ Aquele assim, que você passa os dedos nos meus cabelos e no meu pescoço.
Então, levantou os cabelos no alto da cabeça e eu me dediquei à tarefa de fazê-la dormir. Meu cálculo estava certo, minutos depois ela adormeceu. Felizmente, em pouco tempo Otávio chegou. Mariana em um salto acordou do cochilo, bem a tempo de repreender o rapaz por tomar banhos tão demorados e acabar com a água do planeta.
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Artigo da autoria de Jéssica Parizotto.
jéssica parizotto é uma proparoxítona, interessa-se por haicais, músicas pouco conhecidas e jogo de palavras. Queria voar de balão, mas tem medo de altura..
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Angola
“Em Angola, a guerra une e pacifica”
por Mario Osava, da IPS
Pepetela “Em Angola, a guerra une e pacifica”
Pepetela acredita que Angola cumpriu metade das ambições da guerra anticolonial. Foto: CC BY-SA 2.5
Luanda, Angola, 20/11/2012 – É surpreendente a tranquilidade com que Angola se dedica à acelerada restauração e construção de sua infraestrutura, uma década depois do fim da guerra civil que durou 27 anos, sem grandes sequelas de grupos armados, ajustes de contas ou violência étnica. Para analisar as chaves deste processo, o correspondente da IPS no Brasil, Mario Osava, entrevistou o escritor Pepetela, nome de guerra de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos.
Militante do governante Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), guerrilheiro da luta pela independência, vice-ministro da Educação nos primeiros sete anos do governo angolano, e professor de sociologia, converteu-se em um dos principais escritores deste país, reconhecido em 1997 com o prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa.
Suas 19 novelas e duas peças teatrais traçam um panorama histórico de Angola, narram a luta contra o domínio colonial português e, ultimamente, seu desencanto pelos rumos do país, um “capitalismo selvagem” que sepultou os ideais socialistas de sua “geração da utopia”, título de um de seus livros de ficção, publicado em 1992.
Pepetela, porém, acredita que os objetivos daquela geração foram cumpridos em 50% e até concede que tenha chegado aos 55%, ao reconhecer conquistas estampadas na Constituição e nas leis, como igualdade de remuneração para homens e mulheres e o mínimo de 40% de representação feminina no parlamento.
IPS: É admirável que a paz tenha se consolidado em tão pouco tempo, sem as sequelas previsíveis de uma guerra tão longa, como o vandalismo e os focos de violência. Como explica essa transição? Que papel tiveram nela o presidente José Eduardo dos Santos e o MPLA?
PEPETELA: É difícil explicar, mas um fator importante foi o cansaço. As pessoas estavam fartas de guerra e violência. Os fatos não foram esquecidos; de vez em quando há alguma discussão acalorada e os do MPLA erram e proclamam que eles ganharam a guerra (a outra parte não pode dizer o mesmo). Mas são momentos de descontrole sem consequências. José Eduardo teve o bom senso de declarar que não havia vencedores nem vencidos. Isto foi importante. E tentou sempre praticar uma política de integração, sobretudo nas Forças Armadas. Apesar de seus defeitos, isso ninguém pode negar. Também havia uma grande capacidade dos angolanos de se solidarizar e sustentar o sentido de comunidade, algo mais difícil de analisar e mais subjetivo.
IPS: Me surpreendeu a interpretação de que a guerra contribuiu para a unidade nacional. O conflito teve essa capacidade de unir os angolanos e superar as divisões étnicas?
P: Foi um elemento importante para reforçar a ideia de nação, algo abstrato, principalmente para os camponeses. Os dois exércitos recrutaram gente em todo o país, misturou todos, obrigando-os a coabitarem e a criarem laços, e os levaram de um lado a outro. Muitos criaram suas famílias fora de suas regiões de origem, com pessoas de outras etnias. Portanto, passaram a perceber que Angola é muito mais do que a aldeia em que haviam nascido. Quase todos aprenderam a falar e ler em português, outro elemento importante de coesão.
IPS: Mas, o que restou do sonho socialista do MPLA, da luta anticolonial e dos primeiros anos de independência?
P: Do sonho socialista, nada. Do programa do MPLA, há um país independente, que às vezes tem um discurso social-democrata, traído na prática diariamente.
IPS: Como definir, então, o sistema econômico angolano? Capitalismo de Estado?
P: Na terminologia antiga, sim. Prefiro chamar de capitalismo selvagem em fase de regulação, e, portanto, em vias de deixar de ser selvagem.
IPS: Em que consistem esses 50% de objetivos de sua “geração da utopia” que considera cumpridos e quais não foram alcançados?
P: São os que mencionei: a independência, a nação e a paz. Falta o resto, uma sociedade mais justa, mais humana.
IPS: Como funciona a educação? Atende à enorme vontade de aprender que testemunhei no interior do país?
P: Cresceu em números e deve continuar crescendo. Mas a qualidade é muito baixa, tanto que assusta. E em todos os níveis. Tampouco está adaptada para servir a uma política de desenvolvimento sustentável.
IPS: Várias pessoas com as quais conversei foram unânimes em dizer que o deslocamento de jovens para a capital se deve ao fato de buscarem melhor ensino secundário e universitário. As escolas do interior não poderiam pelo menos manter os jovens nas províncias?
P: Foram construídas muitas escolas e colégios secundários no interior, nas cidades pequenas. Mas só isso não basta. Devem existir todas as demais estruturas para fazer com que os jovens não sonhem com a cidade grande.
IPS: A presença dominante do português como língua nacional, o papel da música e da televisão, atenuam as divisões étnicas?
P: Na verdade, o português se tornou dominante desde a independência, com risco de causar o desaparecimento das línguas africanas, o que representa a perda de muitas raízes culturais e sociais. Falta harmonizar a necessidade de desenvolver o idioma da unidade e as culturas originárias. Não é fácil, mas as tentativas não passaram do nível burocrático. A música segue as tendências dos Estados Unidos, dos afro-americanos.
IPS: E a literatura, o que surgiu de novo como expressão da identidade angolana?
P: Não me parece que haja uma grande renovação na literatura. Prometeu mais do que cumpriu. Surgem poucos nomes com capacidade de perdurar. Há um problema, o péssimo conhecimento da língua portuguesa escrita, que dificulta o surgimento de jovens talentos. Podem ter capacidade narrativa, mas se não dominam a língua fica difícil expressarem seu talento natural.
IPS: A literatura terá em Angola a importância que teve na formação de identidades de nações mais “velhas”, como Portugal ou Brasil, ou será sufocada pelos meios audiovisuais?
P: No começo, a literatura teve um grande prestígio, e os escritores sempre eram consultados pelos meios de comunicação diante de qualquer fato, uma espécie de “médicos da alma”. Mas, deixaram de sê-lo. Hoje tem muito mais audiência quem aparece na televisão, ainda que para apresentar um programa sobre o amor entre os hipopótamos.
IPS: Alguns de seus livros das duas últimas décadas (A geração da utopia, Jaime Bunda, Os predadores) mostram uma profunda decepção com os rumos políticos de Angola, com a corrupção e o abandono dos valores da luta de libertação. Mas a nação que está sendo construída atualmente ainda vale a pena?
P: Sempre há aspectos positivos: o fato de ter um regime que, apesar de seus erros, é orgulhosamente independente; esta reconstrução das vias de comunicação, embora se baseie no petróleo; o reassentamento das populações que estavam em acampamentos de refugiados e em países vizinhos; a paz que se alcançou. Tudo isso, apesar das falhas e dos retrocessos, são sinais inegáveis de que o país tem pernas para andar. Devemos nos preocupar essencialmente com a formação dos jovens, com exigência. Envolverde/IPS
(IPS)
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Cinema
hepatopatia crônica
Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal, Conservadorismo e Branquização Negra
por Vinicius Siqueira em 09 de mar de 2012 às 19:26
clint-eastwood-has-donated-fee-he-received-for-his-controversial-super-bowl-commercial-to-charity-dee26.jpgMeia Noite no Jardim do Bem e do Mal é um filme de 97 dirigido por Clint Eastwood, onde um jornalista vai até à Savannah, uma região aristocrata do sul dos Estados Unidos, cobrir a festa de Jim William, novo-rico culto da região. O centro da história é o julgamento de Jim por um suposto assassinato. Ele teria matado seu empregado, um rapaz nervosinho, drogado, malvadão, e destrutivo. Cena vai, cena vem, descobrimos que o empregado também era parceiro sexual de Jim.
Bom, o filme, no fim das contas, não é interessante pela história em si, o que ele tenta nos fixar. Não é nem um pouco interessante saber se Jim é ou não inocente, se a água do potinho do louco é ou não veneno. Creio que, no fim, intencionalmente ou não, esse filme é um expressão conservadora de primeira.
Durante o filme, o jornalista vai a um baile da sociedade negra, onde, em todos os detalhes, há a tentativa de parecer um grupo de brancos da alta sociedade, isto está até mesmo nos próprios comentários dos personagens, na maneira de falar e nas referências que utilizam como padrão, nos levando a uma conclusão óbvia: se trata, então, de uma crítica (do diretor em relação ao racismo), o modo como as falas são colocadas com uma suposta naturalidade e dentro de um contexto tão obviamente racista e etc. No entanto, a tentativa de crítica foi falha. A sociedade inteira de Savannah é aristocrata, sulista e racista. Dá pra perceber isso nos empregados da cidade e na personagem marginal, um travesti que, a todo momento, se introduz como uma dama da alta sociedade – como uma alta dama tipicamente branca. Não há crítica exposta, o filme não abrange a crítica, ele a suprime.
jardim.jpgOnde eu quero chegar? Para haver uma crítica ou somente uma exposição de uma situação, é necessário que haja uma relação do exposto/criticado com todos os elementos do filme, assim, a crítica/exposição tomará seu curso e será, naturalmente, absorvida ou repudiada (dentro de determinados valores já cristalizados do expectador). Agora, qual a relação do baile da sociedade negra-ingênua-proto-branca, da sociedade aristocrata branca, com o resto do filme? Não é possível apontar algum caráter de crítica nessas situações por elas mesmas, a crítica não é a interpretação pessoal em relação ao filme, mas a manifestação do filme. Não há maneiras de supor haver uma crítica ou só uma exposição, é necessário que haja algum personagem, algum evento chave que defina a posição dos eventos dependentes.
Neste momento eu gostaria de lembrar de uma cena genial, onde a mestra do voodoo acaba brigando com o espírito do assassinado, e, a única parte da briga que ouvimos (pois ela própria retruca o espírito), é aquela onde o espírito explica ter tido uma vida difícil, e, em resposta, a mística responde com algo do tipo “Você não teve que criar filho nem lavar a louça, você não teve a vida difícil, eu tive! Você teve uma vida fácil” – lembremos que ele era prostituto.
Pra mim, este é o ponto chave. É aqui onde a personagem negra, a personagem-agente negra, participativa em boa parte do filme, se demonstra altamente BRANCA. Sua negação da vida difícil do assassinado e a definição da própria vida como difícil, pois teve que cuidar de filhos, ser dona de casa e etc, e após isto, imputando o rótulo de vida fácil para o rapaz, é o manifesto conservador cristão da vida justa, dura, suada e difícil (consequentemente, uma ode à vida doméstica - uma expressão da alienação em relação à divisão social do trabalho, reconhecida exterior ao sujeito e, desta forma legitimada, além da união com o conceito do trabalho que dignifica), em contraposição da vida fácil (da vida do meretrício, da prostituição).
Ela assume uma discurso moralista numa roupagem transgressora! Ela é branca disfarçada de negra! É como um índio brasileiro defendo o progressismo malufista em prol do ensino moderno às crianças indígenas.
A segunda forma de julgar a maneira como o filme se faz racista, é na própria resolução do caso. Jim não é inocentado, ele morre. A justiça acontece e, quando menos esperávamos, surge a mística do voodoo, reiterando sua participação e sabedoria da verdadeira justiça – a justiça cristã. O conceito de justiça divina, absoluta, os valores cristãos impregnados (e expressados na briga da mestra voodoo), juntamente com a forma subjetiva de ironizar a dúvida do jornalista – “Vai me contar o que realmente aconteceu?” – “Aconteceu o que você acha que aconteceu e o que eu sei que aconteceu” – sendo destruída pela justiça concreta e objetiva. A verdade impera acima de qualquer cabeça humana, entretanto, ela é acompanhada por uma figura supostamente dissociada desta noção de verdade absoluta, exterior e inevitável.
(Obvious)
Israel
E QUEM DISSE QUE HITLER MORREU?
Laerte Braga
O fim do III Reich não significa que o nazismo tenha acabado. Nem a morte física de Hitler representa o desaparecimento de líderes insanos. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é a reedição sionista do líder alemão sem tirar e nem por, com todas as características de crueldade e perversidade que marcaram o período do partido nacional socialista na Alemanha.
Foto: Tá explicado....
Agentes de segurança israelita detém palestiniano que lançara pedra (Ammar Awad/Reuters)
O bloqueio à faixa de Gaza, território palestino, há anos e agora o novo ataque à área, com ameaça inclusive de invasão por terra é mais que um ato de insanidade. A essa se soma o terrorismo nazi/sionista, mistura da cruz de Davi com a suástica de Hitler.
Abaixo Imagens retiradas do http://www.tvi24.iol.pt/fotos/internacional/1/287265
(Mohammed Salem /Reuters) Imagem após um ataque à cidade de Gaza (Reuters)
Palestiniano chora bebé morta em ataque israelita (Reuters)
Conflito na faixa de Gaza (Reuters)
Funeral de um bebé palestiniano morto em ataque israelita (Mohammed Salem /Reuters)
Palestinos estão sendo mortos como se moscas fossem. Mulheres palestinas estão sendo estupradas por bestas feras fardadas do exército de Israel e crianças assassinadas enquanto jogam futebol numa tentativa de vida numa terra convulsionada pelo ódio e pela arrogância da nova forma de supremacia no mundo – o nazi/sionismo.
Os líderes de Israel, desde o assassinato de Itzak Rabin, principalmente, têm mostrado a face real dos interesses sionistas e de grupos econômicos norte-americanos, na região do Oriente Médio. A Palestina é um “enclave” que não aceitam e vão eliminando num genocídio que só encontra paralelo na História recente na crueldade dos campos de concentração de Hitler.
As vítimas passaram a ser os carrascos. Não há diferenças entre eles.
Entender a insanidade Netanyahu é simples. É parte de um processo de dominação da área por terroristas nazi/sionistas que começou com a morte de Rabin e o fim do plano de paz assinado entre o primeiro-ministro e o líder palestino Yasser Arafat. Rabin foi morto em meio às comemorações pela paz. Um “fanático” sionista (agente da MOSSAD), numa ação deliberada pôs fogo em todo o processo e permitiu a ascensão do general Ariel Sharon, um dos mais notórios líderes da barbárie nazi/sionista.
De lá para cá desapareceu o Estado de Israel como concebido ao fim da IIª Grande Guerra e nasceu o terrorismo oficial, sem a menor preocupação com o que quer que seja, que não os interesses de um bando de líderes cruéis.
Foto: 2 meses de edad - Imán, asesinada por bombardeo israelí a Hospital. ¿Era ella Terrorista? ¡Estados Unidos! ¿pueden ustedes darnos una definición de terrorismo?
Sustentados por governos como o de Bush, historicamente pelos EUA, Netanyahu quer, com o ataque a Gaza, dar uma “lição” a Obama que anunciou preferir a via diplomática à guerra contra o Irã.
Quer mergulhar o Oriente Médio numa guerra que respinga no mundo inteiro. E tem em seu arsenal pelo menos 300 artefatos nucleares.
Conflito na faixa de Gaza (Reuters)
A indignação se mostra viva em todos os cantos do planeta e governos que normalmente apóiam Israel começam a dar sinais de impaciência com as loucuras nazi/sionistas do primeiro-ministro Netanyahu.
Se Obama consegue ou não sobreviver às pressões de Israel é outra história. Os EUA hoje são um conglomerado de empresas, sistema financeiro e deitam ramas por todos os cantos, na tentativa de sobreviver ao caos que já se implanta no país. Trinta milhões na linha da miséria, 18 milhões de desempregados e nenhuma perspectiva de recuperação econômica rápida, pelo contrário.Foto
Nesse conglomerado Israel é o principal acionista ao lado da indústria petrolífera, da indústria de armas e não foi por outra que o presidente anterior, George Bush privatizou boa parte dos serviços se segurança (forças armadas, forças de inteligência), sem falar no uso das bases instaladas em colônias da União Européia, as que chamam de bases da OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte.
Ou no envolvimento de países dóceis – repúblicas/governos de banana – como a Colômbia, o Brasil (Haiti) e outros mais.
Um dos fatos mais graves, além da violência e da barbárie que espalham pelo mundo, é que esse complexo empresarial/terrorista incorporou boa parte dos grandes cartéis de droga e a guerra hoje virou um excelente negócio para bandidos oficiais e bandidos comuns.
Tanto podem aparecer vestidos de mariners “libertadores”, como de pistoleiros de organizações criminosas.
No Brasil essa receita de violência é corriqueira e se agravou nos dias de hoje quando a Polícia Militar (uma anomalia num estado democrático) resolveu desafiar o crime organizado, ou não oficial, conhecido como PCC – Primeiro Comando da Capital.
Charge: violência em São Paulo
Já são mais de 60 mortes em São Paulo, média de seis ou sete por dia, prática de tiro ao alvo tanto do crime oficial como do não oficial, disputa de poder e território para os “negócios”.
E se estende agora a Florianópolis.
A vítima e o cidadão comum, o trabalhador.
Por aqui o teatro rebolado ressurge a pleno vapor com a nova vedete. Joaquim Barbosa, ministro do STF (não confundir com o Teatro Tiradentes ou o Recreio que são instituições e merecem respeito), agora posto na posição de presidente da “corte”. Nada a ver com a de Carlota Joaquina, tudo a ver com o mais deslavado golpismo branco que Dilma e o PT engolem sem pestanejar.
A mídia deita e rola. Aqui, como na Argentina tenta insuflar a população contra Cristina Kirschner. A presidente, a de lá, quer acabar com o privilégio da informação. Vale dizer, acabar com a mentira, as distorções, as fábricas de alienação.
A daqui dá uma de avestruz e enfia a cabeça num buraco. Vai ficar assim até a Copa do Mundo. Se pensa em ajudar a levantar a taça está perdida. Com Mano Menezes não levanta nada. Pior, ainda, José Maria Marin, velho parceiro de Paulo Salim Maluf. Vai direto para o buraco, um desses das grandes arenas que estão sendo construídas. A propósito, uma estudante quer recriar a ARENA – Aliança Renovadora Nacional -, velho partido da ditadura militar.
Não precisa, já estamos sob a ditadura do STF.
Morreu Wanderley Caixe. Um dos advogados mais brilhantes e determinados na luta contra a barbárie da ditadura. Preso, torturado, nunca abandonou a luta. Wanderley Caixe, presente!
A última de Dona Dilma. Trabalha em segredo um projeto para ocupar terras indígenas e permitir a mineração. Mineração e transgênicos. É como criar uma faixa de Gaza para os índios e deixá-los à mercê de latifundiários, polícias militares, pistoleiros e pastores evangélicos levando a “salvação” a 10%, além, lógico dos bravos militares formados na escola de Guerra de Honduras (forma em golpes), no dirigir o trânsito no Haiti e no sim senhor aos generais do Tio Sam.
Um baita embuste a senhora que foi guerrilheira.
('chupado' do 'juntossomosfortes')
Pensamentado
As andanças do "Demônio", ou Jorge de Sena, pelo mundo físico e literário.
em Autores e Obras. por Vinicius Ribeiro de Andrade em 25 de jan de 2012 às 03:36
Um pouco da trajetória e da obra de Jorge de Sena.
Jorge de Sena: o autor brilhante e a brilhante obra.
Exilado de sua amada pátria, Portugal, de Sena redigiu sua existência entre dois continentes: o americano e o europeu. Jorge Cândido de Sena nasceu em Lisboa, no dia dois de novembro de mil novecentos e dezenove. Filho de pai militar e mãe dona de casa, De Sena desfrutava dos benefícios da alta vida burguesa, inda que propiciados numa suposta infância infeliz. Aos rastros do pai, nutria o desejo tornar-se oficial da marinha – desejo que depois se revelaria dar-se mais por conta das suas viagens, andanças e paixão pelo mar infinito, que pela carreira.
Porém, no final da viagem de instrução a que embarcara em 1937 – viagem que propiciara-lhe contato com os portos de São Vicente (Cabo Verde), Santos (Brasil), Lobito e Luanda (Angola), São Tomé (São Tomé e Príncipe) e Dakar (Senegal) – , foi-lhe comunicado que, apesar do excelente desempenho nas demandas teóricas do curso, que fora excluído da Marinha Portuguesa por falta de algumas das qualidades exigidas para um oficial de tal órgão militar. Sete anos mais tarde, quando fora designado, como oficial miliciano (ou oficial de forças armadas que não faz parte do quadro permanente), para acompanhar um destacamento militar transferido para os Açores, escrevera em carta para a então noiva, Mécia:
“(...) Sinto-me imensamente bem-disposto, matando saudades do mar, se é possível matá-las numa viagem de turista, em que a navegação é por conta alheia. A facilidade com que eu largo tudo por uma coisa destas não deve admirar-te: está-me na massa do sangue, e nada tem que ver com o profundo sentimento que levo comigo. Mas, para mim, ainda maior que o prazer de vir ou estar em novas terras (onde, aliás, detesto demorar-me – a não ser o muito que mas torne reais, como aconteceu com o Porto) é o de viajar, ir até elas. Nisto compreendo bem, por mim, o que seja o espírito de aventura, que, entre nós, temos sempre. E é curioso como, em face dele, chegado o momento, os hábitos e as ligações desta se esfumam, para só reaparecerem quando as condições de estabilidade tornam possível e necessária a criação de novos hábitos, cujo aparecimento gera a saudade dos antigos.”
Ele acrescenta ainda:
“(...) Senti mais uma vez e, agora com lúcida e não infantil consciência, como era verdadeira a vocação que me arrancaram.”
Essas correspondências calham por confirmar seu prazer pelas andanças, o que, depois, acabará por tornar-se motivo – inda que inesperado e, poderá se especular, forçoso – “estilo de vida”.
Com a Marinha fora de seu alcance, De Sena ingressou no curso de Engenharia Civil à fim de “amenizar” o desprestígio de ser excluído da Marinha. Terminado o curso em 1944, este não lhe motivou grande interesse e nesse período escrevera em abundância ensaios, cartas, artigos e poemas. Em 1940, sob o pseudônimo de “Teles de Abreu”, publica seus primeiros poemas nos Cadernos de Poesia. Em 1942 publica Perseguição, seu primeiro livro de poesias – livro este chocou pela “obscuridade e dificuldade de leitura” de suas poesias, o que se mostraria, no futuro, ser apenas uma enorme riqueza literária que não tinha ainda encontrado a expressão poética adequada.
Em 1947 acabou por iniciar sua carreira de engenheiro. Em 1949 casara-se com Mécia e, ainda exercendo a profissão de engenheiro, iria ocupar todo o seu pouco tempo remanescente com as atividades de tradutor e revisor até 1959. Em 12 de Março de 1959, De Sena teve participação num golpe revolucionário abortado, onde houve várias prisões, o que deixou a sensação de “quem será o próximo?” no ar.
Em agosto deste mesmo ano, aproveitando o convite para participar do IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, pela Universidade da Bahia e, logo em seguida, sendo convidado a permanecer como catedrático de Teoria da Literatura, em Assis, São Paulo, resolveu ficar e dar início a seu exílio. Dois anos depois fora transferido para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara como docente de Literatura Portuguesa. Defendeu sua tese de doutoramento em Letras e livre docência em Literatura Portuguesa em 1964. Em 1965 fora convidado – e aceitou – a dirigir cursos avançados e teses de doutoramento em literaturas de língua portuguesa na Universidade de Winsconsin, Estados Unidos. Depois, em 1970, fora transferido para a Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, como docente de Literatura Comparada – local ainda onde viera a falecer, em 1978.
Brasil.
No período de cerca de seis anos em que esteve no Brasil, escrevera para além da metade do romance Sinais de Fogo e a totalidade dos contos que compõem as Novas Andanças do Demónio, além de obras nos campos da poesia, teatro, ficção e ensaios.
Suas obras, principalmente as compostas aqui no Brasil, se fazem de interessante leitura não apenas pela constante dor do isolamento e exílio de Portugal, mas também pelo fato de De Sena exilar-se no Brasil justamente nos em que se iniciavam o golpe e a instauração da truculenta ditadura militar. Além do incomensurável valor literário do autor, é questão interessantíssima direcionar o olhar de leitor através dos modelos de vida experimentado por ele nos anos em que viveu no país.
Jorge de Sena era imensamente consciente da literatura que produzia e do seu vanguardismo estético. A novela O Físico Prodigioso – que fez parte, antes de sua publicação solo, das Novas Andanças do Demónio, em especial, traz todo esse vanguardismo e autoconsciência, permeados por uma libertinagem sexual e de valores que é – ou pode ser – justamente a concretização do amor humano. A obra toda constitui uma grande ironia, articulada em torno do “manual moralizante” português Orto do Esposo e que ainda gera grande especulação sobre tanto a trajetória da personagem do Físico, quanto dos elementos que compõem o enredo e se misturam (?) com a própria vida do autor (De Sena chega a dizer no prefácio de uma das edições da novela que “pouco do que eu alguma vez escrevi é tão autobiográfico como esta mais fantástica das minhas criações totalmente imaginadas”). Mais detalhes sobre a obra nesta pequena resenha.
Interessante também, ainda pela mescla de obra literária e exílio no Brasil, é a obra Correspondência – Registros de uma convivência intelectual, 1997 – editora Unicamp. Nela estão reunidas as correspondências trocadas entre Jorge de Sena e seu amigo e docente que conhecera em Araraquara, Dante Moreira Leite.
Nas correspondências pode se observar não apenas a conversa de dois amigos, mas também uma visão dos cidadãos contemporâneos à época da ditadura – e ainda, algumas vezes, sob uma visão acadêmica – que assolava o país. Tem um “saborzinho histórico” e, com certeza, sem interferência – que encontra-se em algumas obras aqui publicadas – propiciada pelo jogo de interesses e “favores” instaurado como doença crônica do Brasil. É realmente interessante.
Finalizando, em 1995 o romance Sinais de Fogo – que, como já anteriormente dito, teve largo de sua parte escrito em terras brasileiras – teve sua adaptação para os cinemas, dirigida por Luís Felipe Rocha. Em 2011 fora lançado o volume póstumo América, América, que reúne textos sobre a vida política e cultural estadunidense entre os anos de 1968 e 1978.
Enfim, apesar de um pouco extenso, este artigo ainda é ínfimo no que diz respeito a descrever a carreira desse proeminente – e, infelizmente, ainda não tão conhecido no Brasil – autor português e também sua incrível capacidade literária. É minha dica de leitura para quem gosta de se aventurar em leituras de caráter fantástico e também extremamente interpretativo.
Obra completa, biografia e vasto material relacionado ao autor pode ser encontrado nesse excelente site da Universidade Federal do Rio de Janeiro: ler Jorge de Sena.
Referências:
Jorge de Sena: Perfil do Homem e da Obra. Lisboa, Eugênio. Editorial Presença - Londres, 1983.
O Físico Prodigioso. De Sena, Jorge. Edições 70, 4ª edição - Lisboa, 1977.
Artigo da autoria de Vinicius Ribeiro de Andrade.
Graduando do curso de Letras na UFSCar. "Ledor", escritor e humano..
Saiba como fazer parte da obvious.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Minha Bellzinha
Ter , 13/11/2012 às 08:00 | Atualizado em: 13/11/2012 às 07:56
"Fazer teatro em Salvador é complicado", diz atriz baiana
Murilo Melo
Tags: Bio Entrevista Mabelle Magalhães Muito
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comentários (2)
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Mila Cordeiro | Ag. A TARDE
"Ninguém acreditava em mim. Eu ficava no canto, sobrando" - Mabelle Magalhães
Logo nos primeiros minutos de conversa com a atriz Mabelle Magalhães, 28 anos, dá para perceber que ela não se dedicaria a outra coisa na vida a não ser às artes cênicas. Durante a entrevista, a moça caminha, faz caras e bocas, usa expressões corporais e varia o tom da voz para demonstrar que está certa em fazer o que sempre quis. Não demora muito e a artista, atuante no teatro baiano, dispara: "Sempre quis ser atriz, vem desde os seis anos. Percebi isso quando eu fui assistir a uma peça do Pinóquio, no antigo Teatro Maria Betânia. Nesse momento eu pensei: 'Poxa, eu quero fazer parte disso, só disso'. E fui atrás. Lembro que falava sozinha pela casa, inventava personagens usando as roupas da minha mãe, me olhava no espelho e conversava comigo intepretando vozes", lembra.
Três anos depois de assistir a peça do Pinóquio, a vida de Mabelle se transformou. Nesse período, a primeira vez que foi aplaudida em cena aberta, foi vestida de melancia, em uma agremiação religiosa em um orfanato. A atriz ainda lembra que sofria bullying no colégio, mas rompeu a brincadeira sem graça dos colegas ao criar uma cena para um trabalho da disciplina de português.
"Ninguém acreditava em mim. Eu ficava no canto, sobrando. Mas eu gostava de me destacar nas artes, de chamar atenção mesmo, então eu preparei uma boa apresentação. Naquele momento, eu virei a atriz do colégio", conta, ao mesmo tempo em que ergue a cabeça em sinal de superação.
Mabelle é uma dessas atrizes que não para de emendar um trabalho no outro. Atuou nas peças Vassoura Atrás da Porta, O Quarto Número Nada, Cipriano, 1x1, entre outras. Além de O Segredo de Abal e Instinto, ambos curtas-metragens produzidos também em Salvador. Trabalhou com alguns diretores como Ramon Reverendo, Arildo Deda e Tássio Ferreira e diz se inspirar na atriz e professora baiana Iami Rebouças porque "ela é um monstro em cena, além de ser humilde como pessoa".
O salto na carreira foi em 2008, quando arrumou as malas e foi para Portugal, onde passou um ano na Companhia de Teatro de Braga. Lá na Europa, a moça chegava a ensaiar oito horas por dia, apresentou a tragédia grega As Bacantes, de Eurípedes e O Preconceito vencido, de Marivoux. Mas, por conta de um problema de saúde da mãe, precisou retornar ao Brasil.
Atualmente, se prepara para voltar aos palcos em dezembro, pela segunda vez com a personagem Célia, no espetáculo dramático Abajur Lilás, montagem adaptada à linguagem baiana, do texto original de Plínio Marcos (1969). Célia é uma das três prostitutas que vivem sob o jugo de um cafetão em um bordel. Cansada de tanta exploração, a personagem traça um plano para se livrar do cafetão e ficar com o imóvel onde trabalha, além de arrebatar todo o dinheiro do seu programa.
"A gente (a Companhia Hedônicos) ensaia todos os dias na laje, na casa do diretor", relata. Questionada sobre porque não ensaia em um espaço apropriado, a atriz não hesita em falar: "Não temos espaço, fazer teatro em Salvador é bem complicado. A cidade investe mais em pagode do que qualquer outra coisa"
Mas as dificuldades relatadas por Mabelle vão além do espaço. Segundo ela, os atores baianos passam por diversos problemas, principalmente financeiros. E que, por um longo perído, se preocupou muito com a falta de dinheiro, já que quis se dedicar à profissão.
"Uma pauta (aluguel do teatro) custa no mínimo R$300 ao dia. É complicado porque, às vezes, nem seus melhores amigos aparecem para te assitir, e a bilheteria não cobre nem esse valor, entende? Poucos lugares como o Teatro Gamboa, XVIII e Casa dos Bancários abrem as portas para o ator independente. Mas eu acredito que o ator baiano tem que correr atrás, tem que ser dono do seu trabalho, tem que criar seus projetos. Acabar com a fantasia de 'eu vou ser descoberto'. Não, você tem que ir atrás mesmo".
Para pagar as contas, a atriz trabalha com ações de rua, eventos como mestre de cerimônias e festas infantis. Mas pensa em mudar de vida. "Quero me firmar, ter meu próprio dinheiro para fazer meus próprios espetáculos. Quero seguir minha carreira de atriz até no cinema".
(A Tarde)
domingo, 18 de novembro de 2012
Multinacionais
Las 10 multinacionales más peligrosas del mundo
Ecocosas
Ya no importa donde vivas, es imposible escapar de la globalización. La única salida, es informarse para poder elegir con conciencia antes de comprar.
Comenzar a cultivar y a fabricar tus alimentos, reducir el consumo de petróleo y sus derivados, reforestar, comprar lo necesario, escuchar tu voz interior en vez de la voz de la publicidad...son pequeños pasos para escapar de grandes monstruos.
Y recordar siempre que el poder de elección esta en uno, no les demos el placer de caer en sus zarpas.
1. Chevron
Varias de las grandes compañías petroleras estarían en esta lista, pero Chevron merece un lugar especial. Entre 1972 y 1993, Chevron (en ese entonces Texaco) vertió 18 mil millones de galones de agua tóxica en los bosques tropicales del Ecuador sin ningún tipo de reparación, destruyendo los medios de subsistencia de los agricultores locales y enfermando a las poblaciones indígenas. Chevron también ha contaminado en los EE.UU, en 1998, Richmond (California), demandaron a Chevron por vertido ilegal sin pasar por tratamientos de aguas residuales, contaminando los suministros locales de agua, ídem en New Hampshire en 2003.
Chevron fue el responsable de la muerte de varios nigerianos que protestaron en contra de la empresa por su presencia y explotación del delta nigeriano. Chevron pagó a la milicia local,conocida por sus abusos contra los derechos humanos, para aplastar las protestas, e incluso les proporcionó helicópteros y barcos. Los militares abrieron fuego contra los manifestantes, luego quemaron sus aldeas hasta el suelo.
2. De Beers
Esta empresa no escatima en gastos, y financia, apoya y crea autenticas guerrillas y dictaduras del terror para poder seguir obteniendo mediante explotación de niños y adultos, la preciada piedra preciosa. En Botswana, a DeBeers se le ha culpado por la "limpieza" de la tierra donde se extraen los diamantes, incluyendo el traslado forzoso de los pueblos indígenas que habían vivido allí durante miles de años. El gobierno supuestamente cortó el suministro de agua, los amenazó, los torturó y ahorcó públicamente a los resistentes. No dejemos de lado su nula responsabilidad ambiental, sus nulos derechos laborales, las vidas humanas, y sus campañas rancias y machistas.
3. Phillip Morris
Phillip Morris es el mayor fabricante de cigarrillos de Estados Unidos y del mundo. Se sabe que causan cáncer en los fumadores, así como defectos de nacimiento en los niños por nacer si la madre fuma durante el embarazo. El humo del cigarrillo contiene 43 carcinógenos conocidos y más de 4.000 sustancias químicas, incluyendo monóxido de carbono, formaldehído, cianuro de hidrógeno amoníaco, la nicotina, y el arsénico. La nicotina, la sustancia química principal psicoactivo en el tabaco, ha demostrado ser una adicción psicológica. Fumar aumenta la presión arterial, afecta el sistema nervioso central y constricción de los vasos sanguíneos. Las colillas de cigarrillos son uno de los principales contaminantes que los fumadores arrojan rutinariamente; lento para degradar. Muchos de estos filtros se abren camino en el suelo o en el agua, donde sus productos químicos se comportan como verdaderas sanguijuelas.
El tabaco no sólo contamina la tierra durante sus extensas hectáreas de monocultivo, las cuales son rociadas a diario de agro tóxicos, su producción industrial contamina (se utilizan enormes cantidades de papel, algodón, cartón, metal, combustibles...), su consumo contamina la atmósfera, daña a su comprador y a los que le rodean. Su colilla tarda años en degradarse proporcionándole al suelo y al agua una cantidad enorme de tóxicos.
4. Coca-Cola
La bebida favorita del mundo o "la leche del capitalismo", acumula demandas y sanciones en diversos países derivados de graves hechos de contaminación, malas prácticas laborales y uso de aguas no autorizados.
En la fase de producción, la compañía utiliza casi tres litros de agua por cada litro de producto terminado. Las aguas desechadas constituyen contaminantes, que la multinacional deposita en lugares protegidos, como ocurrió en Colombia, situación por la cual, fue multada en Agosto pasado, por la Secretaría Distrital del Ambiente, de la Alcaldía Mayor de Bogotá, al demostrarse que habían descargado sus desechos en el humedal de Capellania, en la zona de Fontibón. El hecho es considerado atentatorio contra un área de especial importancia y protección ecológica. El proceso por contaminación del Humedal Capellanía tiene su origen en la caducidad del permiso de vertimientos otorgado a la multinacional por cinco años y la no autorización de la Secretaría de Ambiente para renovar este permiso. Posteriormente, mediante visitas técnicas fue verificado el estado de la red de alcantarillado de Coca Cola y la realización de descargas industriales, evidentemente no autorizadas.
Una situación muy similar ocurrió en la India en el 2005, donde alrededor de mil manifestantes marcharon para pedir que cerrara la planta cercana a Varanasi, ellos tenían la certeza de que todas las comunidades cercanas a plantas embotelladoras de Coca Cola padecen la falta y contaminación de sus suelos y napas freáticas. Análisis toxicológicos registran la presencia de altos porcentajes de pesticidas prohibidos como el DDT y como “buenos vecinos” distribuyeron sus desechos industriales a los campesinos de Mehdigani con el argumento de que servían para “abono” El resultado es que hoy los suelos son estériles.
Y como si fuera poco, la bebida en cuestión, junto con consumir agua en exceso no aporta ningún elemento nutritivo, al contrario, al contener altas concentraciones de azúcar, es uno de los principales contribuyentes de la obesidad que afecta cada vez en mayor medida a nuestras poblaciones del tercer mundo, generando por otra parte, problemas dentales. Y el efecto de " quitar la sed", lo logra mediante el uso de ácido fosfórico.
¿Sabías que ...
España es el país europeo que más Coca-Cola consume?
Otros productos suyos son Fanta, Sprite, Aquarius, Nestea, Minute Maid, Tab, Sonfil, Finley, Nordic Mist o Fruitopia (hay 324 distintos)?
Una lata de 33 cl. contiene unos 35 gr. de azúcar?
En 1931 Coca-Cola cambió el traje verde de Papá Noel a rojo para una campaña publicitaria, haciendo juego con su color corporativo?
Otras universidades en Atlanta, Toronto, California, Irlanda o Berlín ya han expulsado a Coca-Cola de sus Campus?
Las botellas de plástico de Coca-Cola en España no son de material reciclado, sino de plástico virgen.
¿Casualidad que el ex-presidente mejicano Fox sea ex-representante de Coca-Cola? ¿y Adolfo Calero, ex-gerente de Coca-Cola, agente de la CIA y cara pública de la contra nicaragüense? ¿y el embajador de EEUU en la India? ¿y el magnate golpista Cisneros, en Venezuela? ¿y el ministro Jorge Presno, de Uruguay?
Cuenta con delegaciones en más de 200 países, incluyendo paraísos fiscales como Bahrein o las islas Caimán, para evadir impuestos por sus beneficios.?
En el año 2003 obtuvieron unos beneficios de 21.044 millones de dólares (La mitad de los gastos previstos por la ONU para garantizar la educación básica a todos los niños del mundo)?
Impulsa potentes grupos de presión: se opuso al tratado de Kyoto a través de sus lobbys US Council for International Business y la Business Round Table, cambió regulaciones en la UE a través del American Chamber of Comerce, fue fundadora del International Life Science Institute, muy influyente en la FAO y la OMS , etc.?
Contiene productos transgénicos?
La próxima vez que vayas por una bebida, recuerda la contaminación de los humedales, el uso no autorizado de aguas subterráneas, la violencia, que un litro equivale a tres en realidad... tal vez sea mejor una limonada.
5. Pfizer
Como si el uso masivo de Pfizer en la experimentación animal no era lo suficientemente desgarrador, la corporación decidió utilizar a los niños nigerianos como conejillos de indias. En 1996, Pfizer viajó a Kano, Nigeria; a probar un antibiótico experimental en el tercer mundo para combatir enfermedades como el sarampión, el cólera y la meningitis bacteriana. Dieron trovafloxacina a aproximadamente 200 niños. Decenas de ellos murieron en el experimento, mientras que muchos otros desarrollaron deformidades físicas y mentales. Pfizer también puede orgullosamente afirmar que se encuentra entre las diez primeras compañías en los Estados Unidos que provocan la contaminación de la atmósfera. Y no dejemos de lado los millonarios "incentivos" que les dan a los médicos y a los gobiernos para que receten sus "medicamentos".
6. Mc Donalds
Cada año, miles de niños consumen la comida rápida de una empresa que forma parte activa en la deforestación de selvas, la explotación laboral y la muerte de millones de animales: McDonald’s. Estrategias de mercadotecnia hábilmente diseñadas han expandido la empresa McDonald’s a más de 40 países, donde la empática imagen de Ronald McDonald y su "Cajita feliz", vende en los niños el gusto por la comida rápida, asociándola con un ideal de alegría. Esta publicidad ha tenido un gran éxito en diferentes partes del mundo, contribuyendo a altas tasas de obesidad infantil. (ver articulo completo). La alimentación que entrega esta empresa es totalmente carente de nutrientes. Es más, esta comida se conoce mundialmente como ‘comida chatarra’, y no es por nada que recibe este nombre.
Las hamburguesas y "nuggets" que McDonald’s ofrece, provienen de animales que durante toda su vida fueron mantenidos en condiciones artificiales: Privados de aire libre y luz solar, permanecen hacinados al punto de no poder estirar sus miembros o alas (en el caso de los pollos), atiborrados de hormonas para acelerar su crecimiento, y de antibióticos para contrarrestar las múltiples infecciones a que están expuestos, por las condiciones de insalubridad y amontonamiento. Los pollos son engordados al grado en que sus patas no resisten su peso.
Para establecer sus franquicias, McDonald’s adquiere terrenos a bajo precio en lo que antes fueron selvas tropicales deforestadas para la explotación ganadera. Ofrece sueldos mínimos a sus empleados, aprovechándose de las minorías étnicas y contratando menores de edad.
Los productos de McDonald’s, con su alto contenido en grasas, azúcar y sal, estimulan en los niños el desarrollo de sobrepeso, la resistencia a la insulina y su consecuente Diabetes Tipo 2.
Ah, ¿les comenté que fue una de las financiadoras de la campaña de George W Bush?
7. Nestlé
Nestlé y su enorme manto de crímenes contra el hombre y la naturaleza, como son la deforestación masiva en Borneo –el hábitat de los orangutanes en peligro crítico– para cultivar aceite de palma, y la compra de la leche de las granjas confiscadas ilegalmente por un déspota en Zimbabwe. Nestlé comenzó a provocar a los ambientalistas por sus ridículas afirmaciones de que el agua embotellada es "ecológica”, desde ahí en adelante se han ido destapando su red siniestra de control y destrucción.
Nestlé realizó esfuerzos mundiales para instar a las madres de países del tercer mundo a utilizar su sustituto de leche para lactantes en lugar de la lactancia materna, sin advertirles de los posibles efectos negativos. Supuestamente, Nestlé contrató a mujeres vestidas de enfermeras para entregar la fórmula infantil gratuita, que se mezclan con frecuencia con agua contaminada, los medios no mencionaron a los niños que murieron de hambre cuando la fórmula se agotó y sus madres no podían pagar más.
8. British Petroleum
¿Quién puede olvidar la explosión de 2010 de una plataforma petrolera en la costa del Golfo, que dejó 11 muertos y miles de aves, tortugas marinas, delfines y otros animales, destruyendo la pesca y la industria del turismo en la región? Este no fue el primer crimen de BP contra la naturaleza. De hecho, entre enero de 1997 y marzo de 1998, BP fue responsable de una friolera de 104 derrames de petróleo. Trece trabajadores del equipo de perforación murieron en 1965 durante una explosión, 15 en una explosión de 2005. También en 2005, un ferry que transportaba a trabajadores del petróleo de BP se estrelló, matando a 16. En 1991, la EPA cita a BP como la empresa más contaminante en los EE.UU.. En 1999, BP fue acusada de introducción ilegal de tóxicos en Alaska, luego en 2010 por filtrar venenos muy peligrosos en el aire en Texas. En julio de 2006, los agricultores colombianos ganaron un acuerdo con BP después de que se acusó a la compañía de beneficiarse de un régimen de terror llevada a cabo por los paramilitares del gobierno colombiano que protegen el oleoducto Ocensa. Claramente, no hay manera de que BP haga lo correcto.
9. Monsanto
Monsanto, creadores y fomentadores de los alimentos genéticamente modificados, hormonas de crecimiento bovino y el envenenamiento por agrotóxicos. La lista de Monsanto incluye la creación de la semilla "exterminadora" , que crea plantas que nunca dan semillas para que los agricultores deban comprar cada año, el lobby para que etiqueten "libres de hormonas" la leche y sustitutos de la leche para lactantes (se encuentra presente si el bovino ha ingerido hormonas de crecimiento, un comprobado agente cancerigeno), así como una amplia gama de violaciones ambientales y de salud humana asociados con el uso de venenos de Monsanto –Agente Naranja– sobre todo". Entre 1965 y 1972, Monsanto vierte ilegalmente miles de toneladas de residuos altamente tóxicos en los vertederos del Reino Unido. Según la Agencia de Medio Ambiente los productos químicos estaban contaminando las aguas subterráneas y el aire ¡30 años después de que fueran vertidos!
Monsanto es célebre por agredir a los propios agricultores que pretende "ayudar", como cuando demandó a un agricultor y lo encarceló por guardar las semillas de la cosecha de una temporada para plantar en la siguiente.
10. Vale
La minera Vale, transnacional brasileña presente en 38 países, es la mayor empresa de exploración de minerales diversificados en Latinoamérica y la segunda a nivel mundial. Entre los méritos se destaca la participación de la empresa en el desarrollo de la hidroeléctrica Belo Monte, ubicada en Altamira –Brasil– dado que el proyecto afecta al río Xingú, principal fuente de vida para la región. Como resultado de la intervención de la empresa, hoy el paisaje amazónico está siendo modificado severamente, como también la vida de pueblos a orillas de uno de los principales ríos de Brasil.
A su vez, en Carajás, en Pará –Brasil– numerosas familias fueron desalojadas, perdieron sus casas y poseen parientes que murieron como resultado de la construcción de línea férrea construida por la empresa, también denunciada por las pésimas remuneraciones y condiciones de trabajo que sufren sus empleadas.
Los impactos sobre el accionar de la minera no se reducen a las denuncias dentro de Brasil. En la región de Tete, en Mozambique, un pueblo fue desalojado de sus tierras para que la empresa pudiese llevar a cabo su explotación de carbón. A cambio la empresa construyó un re asentamiento en el barrio Cateme, donde las casas y servicios públicos no cumplen las condiciones básicas para el desarrollo de la población.
Existen lamentablemente muchas otras corporaciones que deberían estar presente s en esta lista, algunas como Samsung, Tepco, Barklays, Microsoft, Intel, Sony... etc.
Fuentes : Brainz , Niavero , csa-csi
Fuente: http://ecocosas.com/eg/las-10-multinacionales-mas-peligrosas-del-mundo/
sábado, 17 de novembro de 2012
Obama
Vitória de Obama: a derrota da direita pitbull nos EUA
“A demografia dos Estados Unidos mudou e Romney perdeu feio entre os latinos e afroestadunidenses”
por Márcia Denser | 16/11/2012 07:00
CATEGORIA(s): Colunistas, Outros destaques
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Márcia Denser Márcia Denser
Para o analista político norte-americano Mark Weisbrot, do Centro para Investigação Econômica e Política, a nova composição demográfica dos Estados Unidos foi fator importante na vitória do atual presidente, mas não o fator decisivo: “Obama ganhou porque fez um apelo econômico popular para os eleitores da classe trabalhadora de todos os grupos raciais e étnicos, algo sem precedentes em mais de 50 anos de eleições presidenciais estadunidenses”, declarou, em entrevista dada à Carta Maior desta semana.
O presidente reeleito Barack Obama venceu estrondosamente o republicano Mitt Romney se considerarmos apenas o voto “étnico”. Entre os latinos obteve mais de dois terços de apoio; entre os afro-americanos, recebeu a adesão de nove em cada dez eleitores. Tais dados demonstram que a “América tradicional”, a preferida dos Wasp (Brancos, Anglo-Saxões e Protestantes) está desaparecendo. Contudo, a campanha democrata à presidência foi definitivamente vitoriosa porque conseguiu convencer a maioria dos eleitores norte-americanos de que para Romney e os republicanos só importam os ricos.
Segundo Weisbrot, esse resultado estava previsto pelas pesquisas eleitorais do Princeton Electin Consortium e do Fivethirtyeight.com, logo não foi uma surpresa, a não ser para a maioria dos meios de comunicação e especialistas que fingiam haver uma disputa acirrada. Eu mesma, dois dias antes das eleições, quando ouvi pelo rádio que o New York Times iria apoiar Obama, percebi que a coisa era uma espécie de fato consumado.
Mas afinal, por que Obama venceu, apesar de todos os pesares? O fato é que a demografia dos Estados Unidos mudou e Romney perdeu feio entre os latinos – 75% votaram em Obama – e afroestadunidenses, que deram 93% dos votos ao presidente. Romney teve grande maioria entre os eleitores brancos, mas não o suficiente para ganhar, especialmente nos estados em disputa. Ainda conforme nosso analista, a campanha de Obama teve tanta publicidade quanto a dos republicanos, mas Obama e os democratas se saíram melhor na campanha das ruas, portanto o grande capital de direita não foi decisivo nestas eleições.
Mas em termos de política interna, dado o impasse no Congresso, com uma maioria republicana na Câmara dos Representantes e a falta de liderança de Obama, as diferenças não serão significativas. Existirão melhores chances de haver uma reforma na lei dos imigrantes e a concretização do plano de seguro-saúde de Obama, algo que irá beneficiar cerca de 30 milhões de americanos e custos mais baixos para outros milhões. E haverá mais regulação financeira.
Dado o quadro político geral, na pior das hipóteses, é possível que Obama faça cortes na Seguridade Social, no Medicare e outros gastos sociais para barganhar com os republicanos a aprovação do orçamento e, nesse caso, será preciso uma grande pressão popular para impedir que Obama aceite tais mudanças.
As más notícias ficam mesmo por conta da política externa, a respeito da qual não se deve alimentar esperanças: desde o começo, Obama optou por se concentrar na política interna e não arriscar capital político na externa. Isso significa uma continuidade da geopolítica da era Bush. Infelizmente, uma guerra contra o Irã permanece no horizonte em razão das hostilidades e aumento de tensões no Oriente Médio. Quanto à America Latina, a política atual também prossegue sob o comando do Departamento de Estado, influenciado pelos direitistas no Congresso. Portanto, novamente a mesma política de Bush para os próximos quatro anos.
Claro que, a longo prazo, o dinheiro ainda corrompe os políticos ianques – “O povo votou em Obama pela mudança, mas não ganhou muito em troca. Nesse sentido, nossos políticos são mais corruptos que os de muitos países da América do Sul, onde – apesar de formas de corrupção piores que aqui – a população tem conseguido votar por mudanças progressistas nos últimos anos e recebê-las”. (grifos meus)
E Weisbrot conclui: “Portanto, mais importante que uma reforma no sistema de financiamento de campanhas nos Estados Unidos, seja uma reforma no sistema de votação. Mais de 40% dos estadunidenses não votaram nestas eleições, e os republicanos, tal como são atualmente, mal existiriam como um partido se tivéssemos leis e procedimentos de votação menos restritivos.”
Ou seja, no plano interno, a Direita Pitbull e o Tea-Party governam de costas e sempre contra os interesses da população dos EUA e esta sabe disso. A prova é o resultado das urnas.
Quanto à política externa, está muito além do poder de Obama desfazer contratos com a Halliburton, a Lockheed ou a Carlyle e Gilead, isto é, as mega-corporações que constituem a máquina suicida dum capitalismo de desastre que movimenta geopoliticamente, dentro e fora dos EUA, um governo corporatista oco, sem quadros, movido à Ideologia Neo-Conservadora do Dinheiro.
(Congresso em Foco)
Lula
“O brasileiro identificou-se em Lula e, a partir daí, começou a construir o seu país. E nem sempre da forma como o próprio Lula gostaria”
por Rudolfo Lago | 15/11/2012 07:00
CATEGORIA(s): Colunistas, Outros destaques
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Rudolfo Lago Rudolfo Lago
Não apenas inusitada e divertida, pelo impagável dueto do deputado Tiririca (PR-SP) com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a festa deste ano do Prêmio Congresso em Foco, numa camada mais profunda de leitura, acabou por ser emocionante. O resultado final da premiação tornou-se uma demonstração eloquente das profundas transformações dos últimos anos, que vão tornando o Brasil mais maduro como democracia representativa. Transformações que se pavimentaram após a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder. Algumas por méritos dele. Outras, que ele não planejou ou sequer tenha imaginado. E outras, ainda, inteiramente contra a sua vontade, como o resultado do julgamento do mensalão.
Quando o Brasil começou a fazer seus primeiros ensaios para brincar de democracia, no século XIX, no reinado de Dom Pedro II, o direito de voto era vinculado à renda: só podia votar quem comprovava ter uma determinada quantidade de bens e dinheiro. Analfabetos – que, então, eram talvez a maioria da população – também não votavam. Por conta da abjeta escravidão, a população negra sequer era considerada cidadã, despojada de qualquer direito. Era, portanto, uma brincadeira restrita à elite brasileira. E assim permaneceu por um bom tempo. A amplificação desse direito foi se dando a conta-gotas – e com as terríveis interrupções para os períodos de ditadura com Getúlio Vargas e com os militares. Somente após a Constituição de 1988, os analfabetos tiveram direito a voto.
Assim, o Brasil foi se acostumando a se fazer representar pela elite. As minorias, se quisessem alguma voz, que tivessem a sorte de encontrar na elite alguém mais sensível que se lembrasse de vez em quando delas. O que se viu na noite da quinta-feira, 8 de novembro, em Brasília, na festa do Prêmio Congresso em Foco, foi a celebração, sem as formalidades de paletó e gravata do Congresso Nacional, do momento em que a população brasileira começa a conseguir escolher integrantes dela mesma para se fazer representar. As elites, é claro, têm os seus representantes, mas mais circunscritos ao seu próprio extrato. E lá estão também os semi-alfabetizados, os artistas de circo, os gays, os evangélicos, etc.
Mas celebrando juntos aqueles que respeitam a democracia. E que, por respeitarem a democracia, respeitam uns aos outros. Por isso sábia a decisão de evitar que fossem escolhidos para os prêmios aqueles que agridem os direitos humanos, por defenderem coisas como trabalho escravo ou a homofobia. Quem não respeita a diferença, não é democrático. Quem não é democrático, não pode pretender disputar menção como bom parlamentar.
E se disse lá em cima que essa mola foi impulsionada pela eleição de Lula, porque foi ali que o eleitor brasileiro livrou-se dos pudores daquilo que Nelson Rodrigues batizou de “complexo de vira-lata”. Uma excessiva, quase irritante, humildade, de se julgar inferior, de achar que não tem capacidade para lidar ele mesmo com seus problemas e encontrar ele mesmo as soluções. O brasileiro identificou-se em Lula e, a partir daí, começou a construir o seu país. E nem sempre da forma como o próprio Lula gostaria.
A passagem de Tiririca pela cerimônia do prêmio foi emblemática. Ele roubou a festa. Desde que chegou vestindo uma camisa branca para fora das calças jeans. Sem as exigências regimentais da Câmara, ele começou, com a escolha da roupa, a ser ele mesmo. E a ser grande parte do povo brasileiro, que não anda de paletó e gravata. E continuou sendo autêntico, ao subir no palco para fazer o que sabe: cantar a sua Florentina.
Tiririca dá um nó na cabeça da elite. Ele virou deputado como consequência de um golpe matreiro e comum dessa elite: escolher uma celebridade que, com sua votação, puxasse a eleição das velhas raposas. E, de fato, ele ajudou a eleger o hoje condenado Valdemar Costa Neto (PR-SP). O problema é que Tiririca não aceitou o papel que a elite esperava que ele tivesse, sumindo obscuro no Parlamento depois de cumprida a tarefa que ela lhe confiara. O palhaço Tiririca entendeu a seriedade da função para a qual fora escolhido. Não falta às sessões. Escolheu um nicho para representar – os artistas de circo – e trabalha com eficiência e afinco por ele.
E, como melhor deputado escolhido na votação entre os internautas, outra “celebridade”: o ex-BBB Jean Wyllys. Primeiro representante declarado da comunidade gay brasileira. Jean não quer ter mais direitos que os outros: ele quer que homossexuais como ele tenham os mesmos direitos que todos. Não atua apenas para os homossexuais: amplia sua atuação para a defesa dos direitos humanos de um modo geral, porque sabe que a sua luta é a mesma dos negros, dos índios, dos trabalhadores que vivem em condições análogas à escravidão. E é por isso que os setores da extrema direita reagem tão violentamente a ele. Não por ele ser gay, mas por ele ser uma demonstração de que o país avança inexoravelmente para se livrar definitivamente das marcas dos coturnos verde-oliva, das suas ordens e dos seus preconceitos. Caminho sem volta.
Agora, a sociedade começa a escolher seus representantes sem intermediários não para que eles lá repitam os mesmos vícios e práticas da velha elite política. Por isso é que faz parte do mesmo processo de maturidade democrática a condenação dos que praticaram corrupção no julgamento do mensalão. Essa é a parte do avanço que também acontece como consequência de Lula, embora à sua revelia.
(Cong. em Foco)
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