segunda-feira, 23 de abril de 2012

Burguesia

A burguesia empanturra-se! Por Ari de Oliveira Zenha Na sociedade capitalista a classe detentora do poder econômico e político, a burguesia globalizada, empanturra-se no frenesi de sua existência sem nenhum sentido humano e engrandecedor para os homens. "Sua obsessão pela acumulação, exploração e reprodução do capital e de poder, nacional e global, parece não ter fim" Sua obsessão pela acumulação, exploração e reprodução do capital e de poder, nacional e global, parece não ter fim. Ela já está levando o mundo à beira de um abismo em todos os sentidos e limites que jamais os clássicos da economia política crítica puderam imaginar. Estamos participando deste descalabro aniquilante, desumanizador, alienante e desintegrador da sociedade globalizada. Vestida, ou melhor, despida das suas vestes “deslumbrantes” e “encantadoras”, ela tenta realizar, e na grande maioria das vezes têm conseguido colocar todo o seu arsenal mesquinho e hipócrita de seu existir, como o único possível e alcançável por toda a sociedade. O manto que a encobre é o mesmo que, às avessas, encobre bilhões de seres humanos na mais absoluta miséria e sofrimento. Estrutura É de se perguntar: será que o modo de exploração e de produção do capital que tem levado há séculos a humanidade a buscar uma existência digna, de uma sociedade solidária, harmônica e socialmente justa poderá passar a ser real tendo como sustentação – base – esta estrutura de produção? A realidade histórica e concreta nos tem mostrado que o capitalismo só conseguiu estabelecer uma relação econômica-social-política no mundo edificando um domínio em que o que prepondera é a injustiça, a exploração, a desumanização, a alienação do homem não só diante de si mesmo como em suas relações social, econômica e política. "Devemos preservar a dignidade e a honradez do ser humano, mas despida da roupagem burguesa. Que a burguesia impõe seu modo de produção e vida é fato, mas também é fato que a sociedade civil cada vez mais o repudia como o único e possível" As mansões cinematográficas, os carrões, os automóveis luxuosos o existir luxuriante, entediado, enfim, uma vida que não é aquela desejada por bilhões de seres humanos deste planeta, mas que a burguesia se entulha em seu insignificante modus de vida – a vida tecnológica, de marketing, de soluções e de possibilidades dentro do seu mundo alienador e alienante. Esse mundo “melhor” proposto por ela, só pode ser admissível nas recheadas carteiras da burguesia transnacional/nacional e no seu ideário de vida luxuriosa e insensata. Novo Rumo Devemos preservar a dignidade e a honradez do ser humano, mas despida da roupagem burguesa. Que a burguesia impõe seu modo de produção e vida é fato, mas também é fato que a sociedade civil cada vez mais o repudia como o único e possível. Temos alternativas, temos soluções que estão ao nosso alcance e que dependem do aprofundamento e ampliação das relações democráticas e da organização da sociedade civil para a superação deste modo de produção, que foi instituída histórica e concretamente e pode ser superado também historicamente pela sociedade consciente e organizada. Ari de Oliveira Zenha é economista (Caros Amigos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário