domingo, 19 de janeiro de 2014

Rolezinhos...

A nova onda que surge entre adolescentes de centros urbanos do Brasil, o chamado rolezinho, é o encontro marcado através de rede social (Internet) que leva centenas de adolescentes para shoppings centers onde acabam ocorrendo confrontos com a polícia requisitada pelos lojistas e proprietários dos shoppings, a exemplo do dono do luxuosíssimo shopping JK, em São Paulo, o empresário Carlos Jereissati, irmão do ex-senador Tasso Jereissaiti (PSDB). Dentre os participantes dos rolezinhos estão adolescentes dominados pela cultura da ostentação, uma outra nova onda que tem ditado as regras do comportamento de adolescentes da periferia e também os da classe média. Adeptos afirmam que os encontros não tem como objetivo a prática de crimes, como vem divulgando alguns setores conservadores apoiados pelos detentores do capital.. A questão dos rolezinhos já toma viés de uma discussão sobre inclusão social, entre alguns intelectuais de esquerda e abominado por jornalistas e blogueiros reacionários. Mas pouca dúvida há de que a ação da polícia favorece o estereótipo de exclusão de membros das classes pobres. Os encontros são marcados por adolescentes da periferia. Dizem que a repressão a esses jovens é uma espécie de segregação que tem como fim tirar dos adolescentes pobres o direito de frequentarem os mesmos lugares (públicos) que frequentam os da classe mais privilegiada. O rolezinho, como movimento, não só expõe e denuncia o racismo institucional do capitalismo brasileiro, como afirma um mundo, cria um acontecimento. Realmente, é um fenômeno maior a ser analisado no âmbito político-sociológico. (A Voz)

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