segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Animais
Já foi descrito por especialistas que os animais são dotados de um “sexto sentido”, ou seja, uma relação muito próxima com os segredos da natureza.
Os cientistas podem detectar sinais que mostram as possibilidades de um terremoto, como as pressões sísmicas, modificações dos campos magnéticos, inclinação do solo, etc. Mas, todas estas técnicas não permitem prever com exatidão quando acontecerá uma catástrofe. No dia 26 de dezembro 2004 ocorreu um tsunami no Oceano Índico, com vítimas fatais relatadas em mais de 285.000. Ondas gigantescas entraram até 3,5 quilômetros terra adentro na maior reserva ecológica da ilha, onde existem milhares de animais. As aves domésticas, galinhas e patos principalmente, subiram para árvores ou lugares altos, mas ninguém pareceu perceber o drama que se ia abater sobre as populações costeiras dos países que sofreram esta catástrofe.
Posso relatar um fato, visto por mim em um episódio num pet shop na Comunidade da Penha, no Rio de Janeiro. Uma senhora com seu animal entrou nessa loja para comprar ração, quando o cão começou a puxar a guia, levando-a para fora da loja, ela sem entender nada fez a vontade do animal, quando em questão de segundos um bloco de gesso CAIU, do teto, exatamente aonde a senhora estava com seu cão… E AI QUEM EXPLICA?
Nesse caso que está repercutindo nas redes sociais, ocorrido no programa de televisão do Pedro Bial, “NA MORAL” de quinta-feira, dia 23 de agosto. No programa, a “doutora” Janaína Paschoal se mostrou especialista ao extremo em desdenhar crueldade animal, fazendo comparações sem sentido entre animais e crianças. “Então se uma marquise cair em um cão e uma criança, terá que salvar o cão por causa do novo código e deixar a criança morrer?” (veja aqui).
Fico realmente triste em ler esse tipo de comentário, e volto a frisar a educação das pessoas em expor fatos e ideias, pois, ao invés de escolher entre um e outro, um animal poderá salvar a criança citada, pois ele tem sensibilidade para isso. Vida é vida, independente de espécie. Podemos manter uma relação entre elas, e não simplesmente escolher e determinar “quem salvar”. Quem é mais válido? São vidas! Qualquer ser humano, em sã consciência, tentaria salvar todos. Porém, tentar não é conseguir, mas o que vale é a intenção, a vontade de ajudar o próximo, sem discriminação.
Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais. Os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.
“Nós, seres humanos não adquirimos habilidades somente por meio da genética, como os animais em sua natureza. Nós conseguimos desenvolver outras variadas formas de transmissão de conhecimento”, diz Thais Martins, que é protetora de animais.
*Izabela Berbert Fecher é médica veterinária no Rio de Janeiro.
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